sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Acabou 2013 - Uma análise e as metas de 2014

Hoje é o último dia útil de 2013, pelo menos para mim, que terei 4 dias de férias nas frias terras Chilenas, com muito vinho e boa comida.

Esse foi um ano peculiar, intenso e nada quieto.... foram tantas as mudanças que fica difícil enumerar todas elas.... mas de forma resumida: mudei de emprego, vendi apartamento, comprei apartamento, conheci gente nova, me afastei de gente antiga, reaproximei de gente mais antiga, vi casar quem nunca imaginei, fui a lugares que sempre sonhei, sonhei com lugares em que nunca fui, sorri um bocado, chorei um pouco (DNA forte esse viu), tive algumas conversas importantes e honestas, derrubei barreiras, me protegi um bocado e me desprotegi para quem valia a pena. Enfrentei desafios que não achei ser capaz de superar, e venci. Alguns eu achei que seriam melhores, mas OK, não sou perfeito e não me deixaram tão empolgados quanto imaginei. Fiz amigos, e perdi amizades. Fui honesto (e como fui), mas também deixei de falar algumas verdades, porque não quis estar só com a razão por todo o momento.

Esse ano viajei um bocado, RJ, POA, NYC, BAs, shows de vários tipos, abandonei meu curso de teatro, onde conheci pessoas com almas tão claras que sou incapaz de defini-las e quiçá de atingir o mesmo nível de evolução. Vi minha sobrinha fazer 15 anos, e percebi que o tempo passa rápido demais, mais rápido do que eu posso acompanhar, e que há coisas que valem mais a pena do que outras.

2013 será um ano histórico na minha vida, pela sua intensidade, pelas mudanças, pelas decisões, pelas definições, pelas escolhas. Engraçado que no começo do ano ouvi que esse seria um ano de finalizações e de novos caminhos... e depois de tudo que aconteceu... foi mesmo...e saio de alma lavada por tudo que fiz e vivi. Não sou dos que se arrependem pelo que fez, eventualmente me arrependo pelo que deixou de fazer (embora isso não aconteça com frequência, porque eu faço o que eu tenho vontade, coragem e capacidade), então acredito que foi um ano pleno.

2013 foi o ano que, apesar da minha total incapacidade gerencial de amizades (meus amigos sabem que sou relapso com datas e ligações e me perdoam por isso), consolidei amigos de fazer inveja aos mais populares das redes sociais. Não me importa o tamanho do barco mas o movimento do oceano....assim é a amizade.

2014 promete ser um grande ano, com tanta ou mais emoção, com novas viagens, oportunidades, mudanças, concretizações, e realizações de sonhos. Nesse ano coloquei como metas não mais emagrecer ou enriquecer, mas mudar posturas diante da vida: sustentabilidade é meu lema para 2014. Isso guiará minhas escolhas. Não é coleta seletiva de lixo. Não é respeitar rodízio. É mais. É consumo consciente. É ação consciente.  Não é fácil, não é zona de conforto, mas eu gosto disso. E você, qual o seu objetivo? Qual o se lema?

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Pare de reclamar e comece a agir

Eu realmente acho interessante como algumas pessoas conseguem ter uma energia negativa a reclamam de tudo na vida, são aquelas pessoas que você olha e a nuvem preta com cara de tempestade brava está acompanhando-a por todo e qualquer lugar, e que mais que 5 minutos de conversa tira qualquer rastro de alegria.

Existem dezenas de exemplos de pessoas que eu poderia utilizar para demonstrar, mas a responsabilidade civil e a proteção à minha liberdade e ao meu patrimônio me impedem de citar nominalmente, mas que também não é difícil você imaginar, pois provavelmente deve ter essa pessoa na sua agenda do telefone.

Esse tipo de pessoa é normalmente um karma necessário, porque só isso justifica a existência de tantas pessoas assim! Reclamar é uma postura normal do ser humano, reclamamos do calor, do frio, do sol, da chuva, que ganhamos de menos, trabalhamos de mais, que o chefe é bonzinho demais, é bravo demais, ficamos em cima do muro para ter o direito de reclamar, isso é um fato incontestável, e até a mais pura das almas está sujeito a isso. Mas não é isso que trato aqui. É mais. É reclamar da vida, pelo prazer de reclamar... é ver problema em todas as palavras lançadas pelos outros, independente da intenção do interlocutor.

Essas pessoas usualmente têm um poder de influência muito grande, pois, como já disse, o mais fácil é reclamar... culpar o mundo, a vida, a política, a educação, o big bang, a rainha da Inglaterra é muito mais fácil do que tomar a iniciativa de mudar as coisas.

Vejam o caso dos "20 centavos", fomos lá, protestamos, reclamamos, esperneamos, postamos no face que o gigante acordou (me declaro culpado por isso, também participei desse sentimento coletivo) e depois, nada mais. Mensaleiros presos, indo parar em hospitais particulares, ganhando absurdos 20 mil reais para gerenciar um hotel sem experiência e habilitação para isso, de propriedade de uma empresa beneficiada pelos esquemas do passado. E você fazendo o que? Reclamando que esse país é uma vergonha, e que gostaria de ter nascido nos EUA, Europa ou Japão, pois lá se honesto, as coisas funcionam... blábláblá... pois é, se todos que reclamam tivessem nascido nos EUA eles teriam um sério problema de corrupção (não que isso não exista) com um bando de obesos sentados sem reagir a escândalos... a única diferença é que você falaria inglês e estaria mais gordo por tanto fast food.

Transporte isso para outros ramos da vida e perceberá que a postura não muda... porque não sou o CFO, COO, CEO da empresa, com minha vasta experiência e capacidade? Bem, possivelmente porque você se lamenta tanto por não ser isso tudo que não consegue sequer virar coordenador, gerente, diretor e enfim CFO, CEO e COO.

E no amor? Porque não tenho um amor perfeito para a vida? Porque isso não existe! Fácil. Perfeição  talvez apenas em Deus, embora acho que se somos feitos à sua semelhança ele deve, no mínimo, ter um fio de barba fora do lugar, só para se lembrar que Ele mesmo precisa evoluir todos os dias, e que o aprendizado faz parte da vida. Possivelmente Ele não fica reclamando, e não teve tempo para isso nos 6 dias em que trabalhou duro, e no sétimo dia, Ele curtiu a obra de arte que tinha acabado de criar, aceitando suas pequenas imperfeições e vícios.

Assim deveríamos ser: aceitar nossos defeitos, acusar menos os outros, parar de reclamar e começar a agir um pouco mais. Talvez eu mesmo fique assim em alguns períodos em que estou mais cansado, de saco cheio do mundo, e precise me redirecionar, até porque estou bem longe da perfeição e da sabedoria plena, ainda bem, e tenho muito para aprender, e claro, tenho épocas mais otimistas que outras, me abalo com acontecimentos externos, às vezes culpo os outros ou o acaso, erro feio, etc., mas também acerto com freqüência, assumo minhas responsabilidades, batalho para corrigir e dou a volta por cima.

O que me irrita é a mesmice da postura derrotista dessas pessoas que vampirizam a energia vital dos outros com suas reclamações. Isso machuca por demais. A postura agressiva disfarçada de mágoa e vitimização é, em muitos casos, devastadora.

Só queria que as pessoas reclamassem menos e agissem mais, e quem sabe o Brasil deixasse de ser o país do futuro e virasse o país de agora; as pessoas encontrassem os amores imperfeitos que fazem crescer; que as culpas sejam assumidas; as ações sejam tomadas para fazer a diferença, e que posts vire ação. 

Talvez eu, como o Jonh Lennon, seja um sonhador... mas Imagine todas os povos como apenas um, e todas as pessoas sendo apenas sinceras e sorrindo mais pelas suas costas do que apunhalando e fofocando. Talvez seja apenas um sonho... talvez....

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Dia das Crianças - Sem Nostalgia

Agora que o dia das crianças passou e as pessoas voltaram a colocar suas fotos de pessoas crescidas e normais nos perfis das redes sociais, e que as postagens de saudades da infância acabaram, não há mais Topo Gigios, Fofões, e outros brinquedos com mensagens de saudades espalhadas pelos murais alheios, já é possível escrever sobre a infância sem ser massacrado pelos humores alterados pelo excesso de algodão doce que andam consumindo por aí.

Tive uma infância feliz, em Petrópolis, sem luxos, mas sem miséria.... tive bons brinquedos, boas escolas e excelente amigos. Não sofri traumas, não vivi guerras.... não foi um período em que não houve problemas, mas isso não me transformou num serial killer ou maníaco. Sou um cara razoavelmente "normal", dentro do que eu considero normal (o que não bate com a média da população, mas que não será discutido nesse texto), que trabalha e é bom no que faz (aqui é meu blog e não há espaço para falsa modéstia, combinado? Até porque eu faço bem, porque eu gosto do que eu faço), e que leva uma vida de fazer inveja a muita gente: viajo, compro, vou a restaurantes, conheço gente interessante, falo com pessoas importantes, vejo obras bonitas, vou a shows em camarotes, pistas ou área VIP... ou seja, to acima da média.

Minha infância foi muito boa, é verdade. Se há alguma coisa para sentir saudades, não são das brincadeiras de correr, ou dos carrinhos e brinquedos, já diz o ditado que o que muda com a idade do homem é apena o tamanho dos brinquedos, então, eu ainda tenho meus brinquedos, ainda compro Lego, IPADs, e Notebooks, ainda corro por aí, ainda passo tardes jogando conversa fora e rindo a toa com amigos, coisa que eu fazia na infância e adolescência.

Não sinto falta de comer besteiras, quem nunca feriu a dieta aos fim de semana, e depois fez detox, correu para academia? Comer 3 hambúrgueres do McDonald´s e não passar mal não me deixa saudoso da infância. Prefiro comer 1 sanduíche mais bem elaborado, até feito em casa, por mim, mais saboroso, a qualidade superou a quantidade. Não é isso que me traz saudades.

Olhando para aquele tempo não são as tardes livres depois da lição de casa feita, ver a Sessão da Tarde, Super Vick, Malhação, etc., que me deixa triste, embora alguns dias fazer a siesta me deixaria totalmente feliz e disposto o resto do dia, e talvez até um pouco mais produtivo, pois a energia que eu gasto brigando com o sono é hércule, mas as reuniões, compromissos e uma certa "convenção social" não me permitem fazer assim, talvez me reste mudar para Espanha ou Argentina e ser feliz.

No tempo que veio depois da infância e adolescência, aquele que chamamos de "maturidade" o que mais me deixou triste foi perder a inocência de acreditar nas pessoas. É o confiar, mas desconfiando. É ver os acontecimentos diante dos seus olhos e saber que aquilo não é apenas um equívoco da outra pessoa, mas uma estratégia com propósitos claros de derrubar o inimigo. É ver diante de si guerras declaradas entre egos incontroláveis com sede de poder, e você ter consciência disso. É ser obrigado a tomar partido de um ou outro não pela afinidade que você tem com a pessoa, mas pela força da situação e por interesses diferentes. No filme Jobs, na cena que retrata a demissão do Steve da Apple fica muito claro essa situação de tomar partido pela força da situação e por interesse "maior" do que a amizade.

No mundo pós-infância, quando os brinquedos entram nas caixas, o jogo muda muito e nas regras não se encontra espaço para "inocência", você pode ler o manual (se encontrar, é claro), pesquisar, ir a fóruns de pesquisa, perguntar, orar, seja lá que caminho você escolher... não encontrará caminho para aplicar isso na vida adulta. É aqui e agora, onde estou, que tem de tomar partido, de decidir quem vai apoiar e qual postura vai tomar. Não é obrigado e tomar atitudes ilegais ou desleais, é possível manter-se vivo dentro de um critério de honestidade no mundo adulto (apesar de ser Advogado, posso afirmar que isso existe no mundo), mas não é possível sobreviver inocente. Por mais que não participe do jogo de poder, é necessário saber as suas regras, como jogas, acompanhar o campeonato e saber o nome dos jogadores. É preciso saber quem é quem, e qual seu time, nem que seja para ter apenas um chaveiro pendurado na mochila, é necessário tomar partido.

No mundo adulto, mesmo você não sendo jogador, sendo peão no tabuleiro de jogo é importante saber que as peças estão ali com propósitos diferentes, comandadas por alguém que quer derrubar o rei adversário. Não há mais espaço para inocência. Mas não se engane. Não é fácil como no Xadrez em que as peças são pretas ou brancas, aqui elas são em Pantone. 

No fim, o que eu sinto saudades da infância é a facilidade de identificar o bem e o mal. É a inocência da dualidade do mundo, com identificação de uniformes, cores e luzes para o bom e para o ruim. Não sinto falta dos doces e brinquedos, das risadas e do tempo livre. Ganhei tanta coisa com o tempo, tenho mais conhecimento, mais bagagem emocional, mais carimbos no passaporte, mais visão de mundo, maiores limites, mais amores, menos expectativas, mais histórias... mas tenho menos inocência... e é só isso que me faz falta, talvez com uma dose a mais eu pudesse, quem sabe, ver o mundo de forma mais leve.... 

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A Arrogância e Prepotência

Muito tem se discutido sobre os motivos que levaram à quebra do nosso mais nobre representante do grupo dos bilionários do mundo afora, que perdeu alguns bilhões de dólares em pouquíssimos meses, depois de uma série de tropeços na vida profissional e pessoal.

Há diversos livros que discutem sobre esse aspecto, um que li e que gosto é "Como as Gigantes Quebram" em que o autor (Jim Collins) discorre sobre os passos que demonstram a ascensão e queda das grandes corporações e nações, e quais os caminhos possíveis (e até quando é possível aplicá-los) para salvar uma grande empresa da bancarrota.

Entretanto, o que ocorreu ao grupo X do Senhor Eike Batista, e o que pude concluir da minha leitura (e do meu humilde conhecimento sobre a vida corporativa) é que a arrogância foi o principal fator responsável pela quebra e sumiço dessas corporações. É sabido e acompanhado por todas as publicações nacionais, e algumas internacionais, o estilo de gestão do Eike, que começou a ser conhecido num carnaval com a coleira de diamantes de sua esposa Luma de Oliveira... a partir dali o homem não sumiu mais dos jornais. Fazer filhos com a Luma foi fácil, difícil será criar o caçula de sua prole no meio desse caos financeiro.

Sua arrogância pode ser provada por diversas formas, na diversidade de negócios tocado pelo seu grupo, achar que todos tem um preço e que ele poderia pagar o preço para que qualquer um trabalhasse para suas empresas, e de que os melhores profissionais estariam à sua disposição, porque ele estava pagando os maiores salários e remunerações variáveis.

Eike acreditava em imortalidade, em superioridade legal, e suporte irrestrito do dinheiro público para financiar os sonhos que ele vendeu aos investidores particulares. Cada dia mais ele aumentou sua fortuna baseada em números e empresas que não produziam nada e fundadas apenas no nome de um cara que ganhou uma mina de ouro do pai que era Ministro de Minas e Energia. E ninguém desconfiou, e todos pagaram para ver. Todos acreditavam que sua arrogância e resultados pressupostos eram suficientes. Não era! Arrogância pura.

Tenho visto isso com certa frequência. Pessoas que dominam o poder (e nem precisa ser um grande poder, pode ser o porteiro, o cobrador do ônibus, o segurança da balada ou o presidente da empresa) que vestem o chapéu da soberba e esquecem o caminho que trilharam até ali, que ninguém é dono da verdade universal, e que é possível sim aprender com qualquer pessoa, seja ela mais nova ou mais velha, do mesmo ramo de conhecimento ou não... o que não pode é tornar a sua verdade a única possível.

Ser dono da verdade é muito chato, e pode, dentro de uma corporação levar tudo a perder... fazer com que uma grande corporação com um futuro brilhante e colaboradores engajados percam o brilho dos olhos, e o amor pela empresa.... a arrogância dos "grandes homens" e "mentes corporativas" foram às que levaram, em longo prazo, à sua falência e sumiço do mundo contemporâneo, é triste, mas é verdade.

No fim, Aristóteles foi o mais sábio dos pais ao ensinar seu filho Nicômaco que o equilíbrio era o caminho para a felicidade. Me dou o direito de reproduzi-lo e complementar e dizer que o equilíbrio o desenvolvimento constantes, sem arrogância são o caminho para o sucesso, das corporações e dos profissionais.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Os novos 20 e um Festival de Rock

Se os atual 30 são os antigos 20, e o festival de rock completou 30 anos agora, porque me senti tão cansado depois desse festival?

Ir no Rock In Rio 2012 foi uma experiência excitante, reveladora, e ao mesmo tempo cansativa. Claro que a maratona: trabalhar até mais tarde alguns dias antes, dormir pouco, passar algumas horas no aeroporto, não comer direito, correr, ficar em pé o dia todo, ver um show de rock pesado e dormir menos de 6 horas por noite em um final de semana prolongado pelo festival não é fácil para ninguém, mesmo quando o assunto é diversão, praia e calor.

A idade começou a pegar. Dois shows grandes com diferenças de menos de 5 dias (Beyoncé num Domingo e RIR numa Quinta) é para poucos adolescentes de 20  e poucos anos, imagina para um cara de 30 e muitos.

Isso não é uma lamentação, de longe. É apenas uma constatação. Por mais que meu pique e animação estejam no auge da empolgação, meu corpo não consegue acompanhar o mesmo pique, claro, talvez um pouco reflexo do descaso que tive com ele ao longo dos anos, em que priorizei outros prazeres da vida: comer e beber bem, ler, ver filmes, ver a vida passar, passear, curtir os prazeres de uma forma mais relaxada, e isso fez com que os exercícios fossem deixados em segundo plano, enquanto o corpo aguentava sem a manutenção, tal qual carro zero, o uso excessivo.

A conclusão do fim de semana de uso excessivo é que embora ainda seja um carro em excelente estado e muito valorizado no mercado, com excelentes itens de conforto e alto índice de performance, é o momento de um tratamento mais cuidadoso com ele.

Sobre o Festival RIR que completa seus 30 anos e que também entra na crise, e que, como todo ano, se houve muito blábláblá sobre não ser mais um festival de rock, mas de pop, de sei lá o que... ele nunca foi de rock, metaleiro, ou seja lá o que for... ele foi, e sempre será, um festival de música, eclético em sua essência, irregular em sua execução e divergente nas avaliações a seu respeito. Quem foi no primeiro fim de semana repudiou o segundo e vice-versa. Ou, como eu, aceitou, divertiu-se, e aprendeu com novos movimentos musicais.

O RIR é a essência da música atual, é um recorte do que está tocando no mundo, faltaram artistas que eu acho essenciais, mas que talvez por falta de agenda ou porque no momento que o programa foi criado não estavam bombando alguma música para fazer vender ingresso, mas isso não tira o mérito do festival. 

O Festival tem um "quê" de um cara de 30. Paga-se um preço razoável, por apresentações boas, numa estrutura legal, do que está na moda, com mistura, diversidade, moda, e gente bonita. 

Se fosse um "cara de 20" seria de graça, bagunçado, lotado, bêbado e sem comida. Já se fosse um "cara de 50" teríamos orquestras, requinte, cadeiras, camarotes, carros caros, disputas de egos.

Aos 30, misturamos um pouco de tudo, e tivemos a bagunça e requinte, com bom preço. Estávamos ali, em crise, com tudo... nos divertindo como crianças... depois de 2 semanas de muitos shows, todos acordaram nessa segunda com a ressaca dos erros de organização que precisam ser melhorados para 2015, mas isso tem tempo para fazer... agora será tempo de férias e descanso, porque o corpo, ah o corpo... esse não é mais o mesmo...

sexta-feira, 14 de junho de 2013

A Revolta do Vinagre

Os últimos dias em SP têm sido muito tensos. Um protesto que começou contra o aumento de R$0,20 na passagem do transporte público, transformou-se em um protesto sobre tudo: anti-corrupção, anti-repressão, anti-copa (e os bilhões investidos, sem o retorno adequado), anti-inflação, etc. A revolução ganhou um apelido graças à prisão de um jornalista que estava carregando um vinagre. 

De acordo com os relatos pessoas estão sendo presas e acusadas de formação de quadrilha, a polícia está atirando com balas de borracha, batendo em pessoas na rua teoricamente em resposta a uma depredação e comportamento ilícito dos manifestantes.

Hoje empresas liberaram funcionários mais cedo pelo rumor de que nova manifestação na Berrini, em frente à Rede Globo com destino ao Palácio dos Bandeirantes (sede do governo paulista). O Medo da força policial e do que poderia acontecer chegou na classe média, que se informa apenas para a TV. Confesso sou meio medroso para ir até a manifestação, que a princípio eu era contra, mas que está tomando um caminho sem volta.

Há momentos históricos de ruptura social. Podemos estar vivendo um desses, é só não deixar que essas pessoas virem massa de manobra de algum outro interesse excuso e partidário, mas espero que não.

Essas manifestações são fruto de um governo falido, do aumento da criminalidade, corrupção escandalosa, uma Copa do Mundo que não deixará legado. Os R$0,20 foi a desculpa que faltava, foi a gota dágua.

Devemos avaliar se o nosso contrato social com os governantes que estão hoje no Poder é o que desejamos de fato. Votar em troca de algo (bolsa família, alimentação, dentadura, vaga no governo) não  resolve nossos problemas. Eles fazem o que fazem, porque sabem que no fim do mandado serão reeleitos pela massa ignorante paga com o dinheiro público. 

Não investimos em educação e saneamento básico. Como vamos lutar?

Votar nas pessoas certas, pesquisar, discutir política e propostas eficientes ao invés de parar o país para assistir o último capítulo da última novela, ou ficar lendo fofoca no site do EGO.

O Voto deve ser o nosso primeiro ato de manifestação. Sou da época dos caras pintadas, que derrubou um presidente, mas que foi eleito como senador, anos mais tarde. Elegemos um palhaço (que tem se mostrado mais sério que outros políticos, mesmo sendo piada pronta), um pastor que odeia negros, gays, mulheres, católicos e qualquer um que não seja do seu grupo religioso, cultural, econômico e étnico para comandar a Comissão dos Direitos Humanos, e não fizemos nada.

Gostamos da corrupção, ou você nunca tentou subornar para não pagar uma multa, furou uma fila, jogou lixo na rua, usou carteira de estudante? você votou em quem está la, é um fato!

A Revolta do Vinagre, como estão chamando as manifestações, é talvez a primeira oportunidade que a geração X, Y e a próxima têm de mostrar sua capacidade intelectual e sua vontade de mudar alguma coisa.  Talvez seja a hora da turma do sofá e das curtidas do Facebook lançar o que pensam, porque não acredito que eles sejam tão passíveis quanto achávamos que eram.

A Polícia Militar de SP, o Governador, o Prefeito e a Presidenta me fizeram apoiar um movimento que não acreditava no começo. Daqui a pouco precisaremos pegar a tinta e pintar a cara novamente, porque só xingar muito no twitter não vai mudar muita coisa.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Crise da cena do computador

Estava aqui no voo, num daqueles excelentes momentos de ócio entre uma turbulência e outra e me lembrei de uma imagem, la do meu passado, em que nao havia glamour ou riqueza, recem mudados para uma nova casa em SP, graças ao confisco da poupança pelo governo Collor e pela Zélia, as consequências genéricas sao conhecidas de todos.os efeitos em suas respectivas famílias, tambem. Mas nao e nesse sentido que quer discorrer. Mas sobre a cena.

Imagem congelada, em close na janela do quarto lateral, o menor de todos eles e elegível aos caçulas e homens, o que no meu caso estavam juntos. Vê-se ja janela o paredão que divide a casa vizinha, pintado na cor bege e separado pelo corredor que levava a area de serviço e ao gazebo dos fundos. Uma cortina branca, em renda. A câmera, que parecia congelada se mexe lentamente desvendando a cama de solteiro, encostada na parede comuna colcha verde, estampada com quadrados e pequenas flores e o travesseiro combinando, Ao lado uma mesa de cabeceira. Aos pés da cama um armário de 4 portas em pinos claro, que ocupava toda a largura do quarto. Na parede oposta à janela uma escravinha, que ja me acompanhara em muitas lições de casa. Uma prateleira com livros. Um computador 386, monitor VGA em preto e branco, pouca memória, quase nada de HD, entradas para disquete de 3 1/2 e 5 1/4. Eu, adolescente, loiro, cabelo escorrido, meio magro, vestido para ficar em casa, sentado na cadeira e terminando a configuração do Windows 3.1.

Essa cena, melancólica, e talvez ate bucólica, e talvez o começo de muita coisa na minha vida. E ali que começo a ficar conectado, conhecer o mundo, acessar os dados da rede mundial. E ali numa família querendo ser classe media de novo, em que me peguei pensando sentado na minha confortável cadeira da classe executiva rumo a Miami para passear num fim de semana prolongado.

Aquela imagem me remeteu a tempos que a vida era mais simples, nao havia preocupações, em que a minha mente nao tinha se aberto a tantos conhecimentos, meus olhos visto tantas paisagens e imagens de guerras, fome, arquitetura, beleza, arte, informação, de tantas coisas que aprendi e vivi tao boas ou tao ruins. Sentimentos que foram colocados nas gavetas do meu coracao e mente.

A cena que me lembrei me deu uma vontade enorme de sentir algo que nao tenho desde a adolescência, a inocência, de acreditar, sem expectativas ou cobranças. Por outro lado, a cena me mostrou, que apesar de tudo, dos sofrimentos, dos momentos ruins, dos quase desesperos, das vezes em que remotamente pensei em desistir, tudo valeu muito a pena. Me sinto como se tivesse tomado a pílula da verdade de Matrix, vejo tudo tao mais límpido e verdadeiro. A mente que se abriu com a minha historia, treinou muito melhor meu coracao, para decidir quando ter razão ou ser feliz, quando confiar ou nao em alguem, quando cair de cabeça ou nao num relacionamento.


Aquela cena, e aquele quarto.... Sao parte de mim, me construíram o caráter e historia. Aquela cena talvez seja o acontecimento inicial da peca da minha vida e da construção do meu "personagem criador". Embora nao seja inocente como naquele momento, posso dizer que sou feliz, porque aprendi a amar melhor e de tantas maneiras.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

A diferença de estar On ou Off

Dias atras vi um video viral na internet que falava sobre estar on ou off. Claro, havia um pouco de exagero, como em todos os vídeos motivacionais que ja assisti, mesmo que muitos deles tragam algumas verdades nao ditas cotidianamente, têm como linguagem os superlativos, para que algo seja pescado da mensagem.

Retirando os exageros, aparando as arestas, processando a informação, limpando o que nao presta, um fato e incontestável: as redes sociais afastam os próximos e aproximam os distantes. E bom falar com meus amigos que moram na Europa, Estados Unidos, Curitiba, Rio de Janeiro e ate mesmo Sao José dos Campos.... Mas em alguns momentos em que se esta atualizando com eles, voce deixa de interagir com seu colega, amigo, amante, filho, pais, conversando com alguem distante, e quando os reencontra, mantém-se atualizado com aqueles que outrora estiveram perto... Perdemos a necessidade de olhar no olho. Nao precisamos mais do toque, e nao temos a necessidade do cheiro. So nos importa estar atualizados.

O mundo contemporâneo nos sobrecarrega de informação, de dados e notícias... Se voce nao saber da ultima legislação (no meu caso como advogado tributarista), da ultima noticia, ou mesmo da fofoca de subcelebridades, o ultimo desastre, o mais recente escândalo do seu partido e do adversário, voce pode ser colocado como um desinformado, ser passado para trás, deixar de estar na "crista da onda".

Temos uma ansiedade pela atualização que ultrapassa os limites humanos. Falo isso pois sou meu próprio rato de laboratório. Sou ansioso com isso. Preciso do facebook, instagram, whatsap, da pagina do uol, da folha, da empresa de consultoria, dos emails de comunicados das consultorias parceiras. Quero saber. Quero estar informado para decidir melhor, desde o melhor planejamento tributário, ate o próximo evento teatral, shows, jantar com amigos. Parece que nao podemos perder nada. 

Domingo passado fiquei o domingo "tomando conta do sofá"' vendo filmes, lendo um pouco, e me atualizando em slow motion.... E durante o dia me peguei pensando em como "dispersei" meu dia. Nao fui em exposições, teatros, cinema, almoços.... Nada... Apenas uma ida na padaria... Mas no fim do dia estava com a sensação de bateria recarregada, nao porque nao fiz nada, mas porque escolhi o ócio. Domenico ficaria com orgulho de mim usando assim meu ócio, e resolvendo coisas na minha mente.

Depois disso, viajei no fim de semana quase desligado, apenas com algumas intervenções, fotos tiradas, atualizada de leve a noite ou de manha. Nesse momento estou esperando o embarque para uma viagem que terá quase o mesmo propósito. No próximo fim de semana também. 

Lidar com essa ansiedade nao e facil. Preciso escrever. Preciso do Blog, de me comunicar, de dar aula, de falar ao mundo (ou a essa pequena audiência), mas preciso tambem desligar, aproveitar o momento, retomar o meu slogan de vida "CARPE DIEM" (aproveite o dia). Estou tentando.... Mas e voce?

Qual e o tamanho dessa mudança? Qual o esforço necessário? So posso afirmar que 2013 e de colocar novas idéias na cabeça e novas atitudes no meu mundo. E um ano de mudanças. Como serão todos os meus próximos anos de vida, ate que ela acabe.

P.s.: texto escrito na sala do Smiles, no iPad, sem corretor automático, e sem alguns acentos. Perdoe-me pelos possíveis erros. 

terça-feira, 7 de maio de 2013

Direitos Humanos? Para quem?

Nesse último fim de semana a nossa querida e amada Rede Globo apresentou uma matéria no Fantástico e a repetiu em todos os seus telejornais e no seu site de notícias sobre a perseguição a um dos traficantes mais perigosos do RJ, o "Matemático". A discussão era sobre a possibilidade do traficante (conhecido pelos crimes que cometeu, sem que suas vítimas tivessem a chance de se defender) não teve a chance a revidar a ação dos policiais, que o caçaram de um helicóptero muito bem pilotado, e com policiais de elite com armas adequadas ao poderio do tráfico de drogas. O fim da Perseguição cinematograficamente eficiente foi a morte do traficante. Direitos Humanos se manifestaram a favor do traficante e contra a Policia do RJ. Nenhuma das vítimas do traficante ou sua família recebeu esse apoio. O Capitão Nascimento, que dispensa comentários sobre seus métodos de combate ao crime (Veja Tropa de Elite 1 e 2 ou leia seus livros) deu parecer desfavorável à Polícia (Minimiza a cena).

A Rede Globo, e seu canal de notícias na internet noticiam novo caso de estupro em ônibus no RJ, além dos já noticiados caso da estrangeira na van, adolescentes, etc., a Rede Globo não faz uma reportagem no Fantástico sobre esse caso, mostrando como a população está desprotegida em diversos casos, porque a polícia, que embora tenha se esforçado com suas UPPs nas favelas cariocas, ainda não conseguiu vencer a violência urbana. Os Direitos Humanos não se manifestaram a favor da vítima de estupro, mas exigem que o estuprador, que fez isso na frente de outros passageiros enquanto apontava uma arma para a cabeça da vítima era violentada, tenha um tratamento digno em sua caçada e na cadeia. (Minimiza a cena).

Sou advogado, e desde a primeira aula aprendi que os advogados tem como função primordial o exercício e garantia do direito. Não é soltar bandido, mas fazer com que o devido processo legal seja seguido à risca, que os benefícios sejam aplicados e que a cadeia, quando for o caso, tenha caráter sócio-educativo. Crimes devem ser punidos no rigor da lei. Nem mais, nem menos. Não defendo pena de morte, que não diminui a criminalidade em nenhum lugar em que foi aplicada, e no máximo dá um gosto de vingança à sociedade, talvez ainda reflexo da Lei de Talião, àquela do "olho por olho, dente por dente".

Olhando para as duas cenas, e apenas para efeitos exemplificativos, fico me perguntando onde queremos chegar? Nova York alguns anos atrás encontrava índices altíssimos de criminalidade, que foi reduzido drasticamente após a implementação da política da tolerância zero e janela quebrada pelo Prefeito Rudolph Giuliani e 
William Bratton
. Basicamente funciona assim: (i) nenhum crime, independente da sua gravidade, será tolerado; (ii) se há uma janela quebrada na vizinhança ela precisa ser consertada imediatamente, pois a visão do descuido do básico demonstra despreocupação com o resto. Nos temos tolerância zero quando a polícia brasileira é competente e incorruptível.

O Brasileiro reclama da corrupção do PT, e todos os demais partidos (não há inocente nos palácios do poder brasileiro), mas não acha errado pagar propina para não ser multado, fura fila, anda no acostamento, para em cima da faixa. Pequenas corrupções pode, e as grandes só não podem se você estiver fora.

Maximizem as cenas acima. Parece que todo o texto está desconexo e sem relação. O que a ação da polícia, a rede globo, um estupro e janelas quebradas têm a ver?

O Ponto é que estamos nos acostumando às cenas de violência, e a maioria da população até apoiou a reportagem da Globo, e achou um absurdo ter colocado a vida de pessoas comuns em risco, mas a pergunta é: alguém se feriu, além do traficante morto? Não. A polícia assumiu o risco, mas colocou profissionais bem treinados, com armas adequadas, numa hora em que não havia quase ninguém na rua e funcionou. Poderia ter dado errado, sim, mas até o fato de dirigir até o trabalho de manhã pode dar errado e você ter um acidente grave. Você assumiu o risco. Sim. Dará errado? Provavelmente não. Assim foi com a ação policial.

Os Direitos Humanos deveriam se preocupar com a segurança pública, ajudar a encontrar caminhos para reduzir a sensação de insegurança, trabalhar com o poder público, privado e não governamentais para que a violência seja reduzida drasticamente, que as janelas quebradas sejam consertadas o mais rápido possível. 

Mesmo concordando que os presos devem ter tratamento digno, que o sistema deveria ser de recuperação, que o devido processo legal é indispensável na sociedade, me entristece ver que uma entidade que deveria estar preocupada com a seca no nordeste, os crimes nas grandes cidades, o combate à corrupção, o aquecimento global, a saúde pública, a educação indiscriminada, a eliminação do racismo e dos crimes de intolerância, etc., se preocupam apenas com o bom tratamento dos presos e não no cuidado com as vítimas.

A Tolerância Zero e a Janela Quebrada deveriam ser adotadas em nossas grandes cidades e na vida palaciana em Brasília, para então termos uma evolução efetiva no combate à corrupção e violência. Talvez assim, os Direitos Humanos poderiam, a e sim, se preocupar apenas com o tratamento dado aos poucos criminosos que ainda restarem.

Sou contra qualquer tipo de excesso, todos tem direito à dignidade, mas me parece que os cidadãos de bem merecem mais respeito, dignidade e proteção do que estão recebendo. Se os Direitos Humanos são contra, quem é que esta a favor de nós?

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Amor à Primeira Vista

Será que existe AMOR à primeira vista?

Não o de pai, mãe, irmão e da família, a quem amamos, na maioria das vezes, a partir do primeiro suspiro, embora às vezes com uma intensidade reversa, com drama, charme, e afins... é um AMOR incondicional.

Não to falando, tampouco, do AMOR por amigos de quem você descobre uma identidade imediata, um gosto parecido, uma atividade em comum, e que conforme você vai conhecendo, e mesmo os seus defeitos, vai amando mais.... atura as birras, se desentende, mas mesmo assim ama, sem medo e sem interesse de nada além da amizade e companheirismo...

Tampouco estou falando de paixão e tesão, daqueles que se desgastam após a primeira manhã acordada juntos, antes do café da manhã, ou mesmo do check-out do motel barato. 

O que me importa e interessa agora é outra coisa... é AMOR  daqueles que te fazem brilhar o olho na primeira cruzada, que te faz estremecer de sentir a primeira fragrância, te arrepia ao primeiro toque... e que mesmo assim você não quer acabar com isso na cama, não como fim, mas como uma consequência que acontecerá naturalmente em algum momento. 

AMOR à Primeira Vista é aquele sentimento que vem sem hora, endereço, adereço ou requisição...é aquele querer bem instantâneo, de quem nem sabe o nome, é a falta de ar e taquicardia imediatas, é rezar para que aquele segundo se prorrogue por toda a eternidade.

Alguns poetas já trataram desses amores à primeira vista. Outros autores transformaram-no em comédia ou dramas. Romeu e Julieta (W. Shakespeare) tem todo o seu romance traçados a partir de uma festa, um olhar, e talvez seja a melhor definição desse tipo de AMOR  e foi brilhante nisso, embora precise confessar que até algum tempo atrás seria incapaz de defender Romeu e Julieta.... que aliás achava um romance adolescente sem conexão com a realidade, de inocência pueril inexistente nos dias de hoje.

Amar é insensato, é fora da lógica, é irracional, porque se fosse diferente não seria AMOR  poderia ser um relacionamento por interesse, uma paixão lógica, uma relação profissional... mas não o AMOR. Descrever o AMOR à primeira vista é quase impossível sem a poesia. Carlos Drummond de Andrade já disse que "Se você sabe explicar o que sente, não ama, pois o AMOR foge de todas as explicações possíveis"... assim é o AMOR de primeira vista: sem explicações.

Amar não é para profissionais, pelo contrário, necessita de uma boa dose de inocência e de fé. De dar-se oportunidade, de permitir-se ficar indefeso, e mesmo assim estar feliz com a vulnerabilidade. 

Amar à primeira vista necessita de.... não precisa de nada, apenas de um coração aberto, da chance e da pessoa certa... e dar oportunidade à felicidade. AMAR à primeira vista é dar a chance de inesperadamente ser feliz.