domingo, 26 de abril de 2009

O sentimento dos ultimos dias

It Must Have Been Love (tradução)
Roxette
Composição: Indisponível
Deve Ter Sido Amor
Deve ter sido amor...mas agora acabou
Deixe um suspiro no meu travesseiro,
Deixe o inverno para trás.
Acordei só, tudo estava quieto
Em meu quarto, e em toda a parte.
Toque-me agora, eu fecho meus olhos e fico sonhando...
Deve ter sido amor, mas agora acabou,
Deve ter sido bom, mas de alguma forma eu te perdi.
Deve ter sido amor, mas agora acabou,
Desde o momento que nos tocamos até nos separarmos.
Faça-me acreditar que estamos juntos,
Que estou amparada em seu coração
Mas por dentro e por fora, eu me tornei em água,
Como uma lágrima na sua palma da mão.
E é um forte dia de inverno, eu fico sonhando .
Deve ter sido amor, mas agora acabou,
Era tudo que eu queria, agora estou vivendo sem você.
Deve ter sido amor, mas agora acabou,
É onde a água flui, é onde o vento sopra.

domingo, 12 de abril de 2009

Crise Páscoa

Hoje é domingo de Páscoa, para os católicos um dia de ressurreição, de renovação. Essa semana também foi comemorado o Pessach, a "Páscoa Judaica", que significa passagem, e representa a passagem do anjo da Morte enviado por Deus para libertar o povo judeu da escravidão imposta pelos Faraós.
Acredito, mesmo não sendo um estudioso de religiões, ou mesmo um filósofo gabaritado, que ambos significam, de um jeito ou de outro, renovação e libertação. Jesus, ao libertasse da Terra, e subindo aos céus, cumpriu sua função para com a Humanidade.
O Anjo da Morte, ao matar os primogênitos egípicos, trouxe esperança a um povo, renovando sua fé e libertando de seu martírio, cumprinido sua função com seu povo.
Mas a nós, meros mortais, o que esperar da Páscoa? Dizemos que é momento de renovação, de perdão, que devemos purificar nossos corpos e almas. Mas como conseguir isso?
O Perdão é muito dificil de ser atingido, principalmente quando se trata de perdoar dos pecados próprios. Perdoar os outros é mais fácil, pois não se conhece as motivações internas, os sentimentos, quando se trata de perdão aos erros próprios, o nível é elevado, principalmente para pessoas que sofrem de um perfeccionismo extremo, que acreditam que devem errar o mínimo possível.
De vez em quando a vida nos ensina que esses obstáculos aparecem em nossas vidas apenas para mostrar que não temos total poder sobre nossas vidas. Mas como se perdoar quando provocou sofrimento a pessoas importantes em nossas vidas. Como atingir esse nível de evolução? Quanto se deve sofrer para entender como agir?
Desculpar é fácil, pois há uma ofensa menor, um drama particular que tem o intuito muito mais de confortar o outro, mas para perdoar é necessário passar por cima do sofrimento causado, entender e deixar no passado. Cobrar-se menos é um bom começo, mas é é um passo grande, e nem sempre temos essa envergadura de perna para dar.

domingo, 5 de abril de 2009

Crise de Armário

Conversando com uma amiga, a quem eu devia um café e que paguei com cerveja, conversávamos sobre os armários de nossas vidas, e vim pensando nisso. Precisamos mesmo escancarar nossos armários, abrir as caixas de pandora que todos temos dentro de nós para todos? Isso realmente é necessário?
Por que precisamos dar tanta satisfação de nossa felicidade, e consequente tristeza, a todos? A sociedade não é responsável por elas, principalmente pela nossa felicidade, mas tem alto percentual de responsabilidade em nossas tristezas.
Precisamos justificar nossos passos, e não simplesmente sermos nós. Há uma necessidade, em tempos de liberdade de expressão que sejam assumidas determinadas posições para que simplesmente possamos ser rotulados, etiquetados e assim viver à margem da sociedade.
Ou você se encaixa, ou não. simples. As variações em escla de cinza simplesmente não são aceitas, e por isso mesmo as pessoas exigem que mostremos nossos armários. Nossos segredos, nossas experiências particulares, os livros que lemos, os filmes que vimos, e as músicas que escutamos e que nos mudaramm todos querem ter acesso a eles.
Por que ter acesso a isso tudo? Não é pior saber tudo? Há certas informações que são sabidas, e que não precisam ser ditas e/ou ouvidas, pois provocam um turbilhão de sentimentos, principalmente a quem houve, pois sempre imaginamos que a dor alheia é insuportável, mas esquecemos que nosso organismo tem mecanismos automáticos para diminuir a dor.
Queremos fuçar as gavetas alheias e os cadáveres pindurados nos cabides dos armários dos que nos cercam para julgar diante da nossa bagagem pessoal. Por menos pré-conceituoso que seja, a pessoa sempre fará seu julgamento baseado na experiência pessoal, e não na do personagem analisado.
Queremos que as pessoas se assumam gays, country, roqueiras, "axezeiras", forrozeiras e assim por diante. Mas esquecemos que podemos ser tudo isso e mais, ou menos, dependendo da pessoa. Sâo Paulo, como uma metrópole mundial ainda nos permite um pouco de privacidade, e que você vista diversas máscaras, dependendo do ambiente alheio, e por serem muitos os armários a serem fuçados, é possível que o seu seja esquecido pela grande massa, mas nunca deixará de sofrer tentativas de abertura.
Todos querem que o próximo saia do armário, mas querem acompanhar isso, sentados confortavelmente dentro do próprio armário, trancado a 7 chaves, para não receberem qualquer respingo dos armários escancarados alheios.
E então me pergunto, você já saiu do seu armário?