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terça-feira, 9 de abril de 2013

O PESO DO SONHO

E depois de séculos, deixo de escrever no Face, para postar no meu mundo particular, onde deixo as pessoas entrarem, desde que façam com respeito.

Dias atrás tomei a difícil decisão de abandonar meu curso de teatro. Alguns podem chamar de fraqueza, outros que não termino nada que começo, que falta foco, etc., mas sabe, esse é um sonho particular que não tá no seu tempo de ser realizado ou talvez não dessa forma.

Os meses que passei no Macu (para os que não são íntimos: Escola Macunaíma) me ensinaram sobre pessoas mais do que anos de terapia. Tive a sorte de encontrar pessoas que me encantaram com sua colorida alma carregada de histórias que me fizeram crescer em tal proporção que não imaginava no dia que me matriculei. Sabe aquela frase "as coisas boas acontecem com o tempo e as melhores acontecem de repente?" então... foi isso... o teatro me fez, sem avisar ou pedir licença, numa intensidade enorme, tomar consciência da beleza d'alma humana que havia deixado de enxergar.

Foi o teatro que me fez parar e ver o que era importante para mim. O que realmente vale a pena. Quem vale a pena. O que precisa ser dito, por mais difícil que seja dizer, e por mais que isso possa parecer um desnudamento d'alma é algo tão imediatamente urgente que não é possível escapar dessas verdades e palavras.

Foi olhar de uma forma artística para a vida, por meio das aulas do teatro, na arte de interpretar a vida do outro, de fazer seu corpo agir de acordo com a situação, que me fez ficar mais próximo da realidade, e isso de uma forma estranha. Foi ali no palco que aprendi e reparar em mim, na minha alegria e honestidade comigo mesmo. Foi naquele santo espaço do tablado, onde enganar é a profissão que olhei mais honestamente para os olhos que me encararam em cena, sob uma ótica de cumplicidade instantânea de um nascimento fulminante.

É na expressão artística que encontrei o meu espaço e minha verdade, em que aprendi a encarar mais leve a vida. 

É por um amor incondicional à arte que precisei sair do teatro por motivos que posso ficar falando por dias e dias, mas que se resume a uma palavra: "RESPEITO!":

  1. Respeito à arte de interpretar, e aos monstros sagrados e Deuses do teatro;
  2. Respeito ao palco, que nos provoca um transe e catarse que não se encontra às vezes numa igreja;
  3. Respeito aos colegas de palco, que trabalham para realizarem seu sonho;
  4. Respeito ao dom de quem pode atuar de forma tão natural que faz do agir do personagem uma ação sua, e ao meu dom e prazer de escrever e da minha forma orgânica de expressão;
  5. Respeito a mim, que embora sonhe com isso com diversas formas de expressão artística, preciso focar nas coisas mais urgentes da vida cotidiana;
  6. Respeito aos mestres da arte de atuar que conheci nesse rápido período.
Sonhar com a possibilidade de expressar-me pelo teatro continuará existir em mim, mas apenas quando eu puder viver esse sonho plenamente, então voltarei a posar novamente num palco. Por ora, viverei meus sonhos e amores mais urgentes, que me proporcionam toda sorte de felicidade que eu posso ter. Até lá fico como um simples espectador das histórias da vida, com a saudade de um sábado a tarde, que não deixará de existir nos meu coração.





domingo, 26 de junho de 2011

As tribulações de Virginia

Ontem fui no teatro, ver uma peça de um grupo espanhol, chamado  Hermanos Oligor, que conta a historia sem final feliz de Virginia, que queria ser bailarina. Pois bem, dois momentos me marcaram na peça, mas falarei apenas de um, o outro é deveras pessoal.

Em um determinado momento da peça, o ator pergunta ao público qual foi o exato momento da sua vida que você se deu conta que não era mais criança, quando é que perdeu a ilusão do lúdico, em que percebeu que as coisas não era mais tão simples. O silêncio na platéia foi sepulcral, ninguém conseguiu responder.

Eu fiquei com a pergunta na minha'lma por toda a noite, embora estivesse envolto em tantas coisas na mente, não consegui esquecer. Eu sabia a resposta, eu lembro o momento, eu sei quando descobri que a vida não era mais uma fantasia, que as brincadeiras não aconteceriam mais da mesma forma, foi ali, naquele momento que perdi a inocência, foi ali que entrei no furacão, todos os meus passos me guiaram para onde estou hoje.

Até aquele momento meus passos eram apenas de evolução da infância, até ali eu cresci e vivi meus sonhos.... vivia o lúdico, brincava de guerra, paz, de ser famoso, rico, pobre e anônimo, era amado e amava quem eu quisesse. A vida de adulto não é assim, é cheia de altos e baixos, os monstros que habitavam debaixo da cama, agora estão na sala de reunião, na mesa da frente, do outro lado da linha. Agora fingir que sou rico impacta na fatura do cartão de crédito. Não sou famoso, nem sou anônimo. Já amei e fui amado.

O que mexeu comigo foi a possibilidade de manter a vida adulta lúdica, no meio do mundo corporativo. Será que essa liberdade poética está restrita aos músicos, atores e artistas em geral? Será que os mortais podem manter esse sentimento?

Sinto que estou no direito de me sentir sonhando novamente. Acreditar no amor, talvez seja esse o lúdico do adulto.

sábado, 9 de maio de 2009

Crise de Partidas e Chegadas

Dia desses viajando a trabalho a som de Maria Rita, ouvi a música Chegadas e Partidas (ou coisa que o valha) e fiquei pensando na vida, como uma plataforma e pensando nas pessoas e coisas que chegaram e partiram, e não pude deixar de concordar com a letra da música que o mesmo momento que para uns é chegada, para outro é a partida.
Temos isso em vários aspectos da vida. Precisamos sair de um emprego, nos despedir de amigos, da zona de conforto, dos animados almoços para poder partir para um nova oportunidade, para aprender mais, fazer novos amigos, vencer novos desafios. Às vezes essas escolhas podem nos levar à solidão do sucesso ou a repugnância do fracasso.
O mesmo acontece em outros aspectos de nossa vida. Perceba, quantas vezes precisamos deixar um hábito para trás porque ele simplesmente não cabia na nova situação? Choras porque não quer comer brócolis, porque não ganhou o presente desejado, beijar todo mundo numa noite de festas, fazer rachas na rua, passar horas na frente do videogame (alguns amigos ainda não passaram dessa fase), receber mesada, não ter responsabilidade, ser inconsequente, e assim por diante. Quando vamos amadurecendo, algumas características simplesmente deixam de fazer sentido. Não porque nos tornamos mais chatos, velhos, menos engraçados, mas a experiência nos faz mudar pontos de vista, analisá-los por outro ângulo, e aquela piada do ponto amarelo no meio jardim para de te fazer rir até chorar.
A vida nos faz elevar a barra de expectativas, de desejos, de desafios. Mas para permitirmos isso, o novo, o inovador, vencer o desafio, é necessário superar os antigos, o passado. Deixar partir, considerando o passado como um degrau para o próximo andar.
Dizem que não conhecer a história é repetir sempre o mesmo erro. E embora seja usado para explicar a importancia da história mundial, deve ser usado no microcosmos da nossa vida.é necessário deixar partir, apreender as coisas boas, aprender com os erros, dar um aperto de mão e abraço forte, e seguir seu caminho.
Isso acontece também na vida amorosa. Quantas vezes na humanidade alguém se apaixonou por uma pessoa diferente com quem estava se relacionando e com medo da partida, resolveu segurar-se com todas as forças ao trem que queria partir e a plataforma do momento. Quantas corações ficaram mais estraçalhados pelo acidente do que se tivesse partido em paz.
Isso já aconteceu. E acontecerá sempre. E muitos corações serão destruídos, dos que ficam e deveriam ir, dos que vão e deveriam ficar, e dos que quiseram segurar os que partiam e os que ficavam.
A coragem para dar um passo adiante não é pequena. O ser-humano busca o conforto, a paz, não há coração que resista ao perigo sempre, que deseje estar sempre apaixonando-se, mas do que vale a pena se não é sincero o que você sente com quem está do seu lado. Claro, não se deve cair de cabeça em qualquer aventura, é necessário a ponderação, o meio termo, a paz de espírito, mas porque não alinhar isso com a paixão, com o amor, com a emoção de renovar, e com a sobriedade de deixar partir para que o novo entre.
Aprendi certa vez que a cada roupa nova comprada ou ganhada, devemos dar uma antiga. A mesma coisa deve acontecer com o amor, com o trabalho, com as oportunidades. A Cada coisa conquistada, devemos deixar uma para trás. A cada novo sonhado deve-se deixar no passado um sonho realizado, não devendo se gabar das conquistas do passado, mas orgulhar-se dos sonhos futuros, das metas realizáveis, do que está por vir, escrevendo em pedra os ensinamentos, e em areia as ofensas e elogios, que só servem para criar um disformismo de nossa imagem no espelho.
A questão toda, é deixar partir o que não queremos, para que possamos seguir ao próximo nível. Sem medo de fracassar, pois os fracassos só nos tornam mais fortes, e o sucesso só prova que nos tornamos melhores com o nosso passado.
É transformar nosa vida numa plataforma, deixando chegar quem quiser, mas liberando o embarque dos que desejam sair, e com um lenço branco, desejar, do fundo do coração que a viagem seja boa, e que a próxima plataforma seja melhor.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Crise de Sonhos

Eu normalmente não sonho, ou mais especificamente não costumo lembrar dos meus sonhos quando acordo... pelo menos era assim até acabar as minhas férias, sim pq essa semana tudo mudou e só posso dizer que estou precisando de férias para descansar da primeira semana de trabalho!
E o mais interessante é a variedade de sonhos, no último eu fui convidado a ser o 3º passageiro (na verdade ser a babá de alguém) em um super cruzeiro pelo país, mas em virtude de vários compromissos, eu ia e voltava para a terra... bem, em uma das etapas da viagem, eu precisei pegar um avião até o porto para poder embarcar...
Coisa de louco, mas fazer o que! sonhos são assim, até aqueles que sonhamos acordados... sim, pois até nos nossos sonhos de vida, temos alguns pontos de mentira ou impossibilidade real. Desejamos ficar ricos sem esforço, emagrecer comendo, ter o corpo perfeito sem exercicios físicos ou dieta. Desejamos um amor perfeito, sem que tenhamos de abri mão de nossa liberdade ou de mudar nossos pequenos defeitos irritantes, sonhamos em sempre ter razão num relacionamento e ainda assim ser feliz. Sonhamos acordados em termos um amor do tamanho de nossos desejos, e ainda assim, sonhamos com uma paixão arrebatadora, daquelas de novela das 8 ou do filme de holywood, e isso por todos os dias de nossas vidas. Sonhamos ainda, no meio desse turbilhão apaixonado, termos paz, tranquilidade e serenidade de um amor maduro.
Sonhamos com tanto e fazemos tão pouco para realizarmos nossos sonhos... Por isso, acordar no meio de um sonho de um cruzeiro, pegar um avião para chegar no navio para curtir apenas a parte boa da festa nem tão maluco assim