quinta-feira, 17 de julho de 2008

crise de solidão

Lendo o texto de um amigo sobre a solidão no blog Pensamentos, eu fiquei pensando sobre o assunto, sobre estar sozinho, solitário.

Muitos não gostam desse sentimento, não gostam sequer de parar a vida agitada e metropolitana que levam. Gostam de estar acompanhados, nos lugares da moda, vestidos como a massa, com a marca da moda, no carro mais bonito, comendo no restaurante indicado pela revista. São os homens VIP e as mulheres CLAUDIA que fazem o que essas revistas mandam.
No fundo são pessoas vazias e que têm medo de estarem na presença de sua própria companhia.

O homem é em regra um ser social, precisa dessa rede para sobreviver, foi sempre assim, andamos em bando a muito tempo, mas concordo que muito de nossas vidas é apenas com a presença de nós mesmos. Só nós podemos resolver nossos problemas, crises, angústias, podemos, no máximo, termos uma ajuda profissional, um ombro amigo, mas só a nós aquilo atingirá no íntimo, ao apagar das luzes no quarto de uma casa qualquer.

As pessoas que não gostam da solidão é porque não gostam de si próprios ou porque têm uma imagem distorcida de si. Certa vez vi um ditado que dizia que “uma carruagem que faz muito barulho quando passa é porque está vazia”. Concordo. Quanto mais temos conteúdo mais silêncio espalhamos. O auto-conhecimento traz serenidade.

Claro que, como tudo, em excesso pode tornar-se uma doença, levar à depressão. Se tornar anti-social não é a solução para o auto-conhecimento, precisamos experimentar, acertar, errar muito, e assim por diante. Não temos um chip programado para ativarmos: auto-conhecimento instantâneo. Isso requer trabalho e dedicação.

Aristóteles, em seu tratado “ética a nicômaco” ensina que o que vale sempre é o equilíbrio, em tudo, e ele está certo, e a já faz um tempo.

Solidão em doses corretas faz bem para a alma, nada melhor que desfrutar de sua excelente companhia, seja num dia bom, seja num dia ruim, mas também muito bom compartilhar com seus amigos.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Crise de Mudanças

Esse ano minha vida passou por uma revolução. Muita coisa mudou, foi mudada, e está em mudança.
Para começar, coisas pequenas: carro, celular, roupas novas. Depois veio a revolução, principalmente nos últimos dias. Mudança de emprego, de endereço e até de provedor de internet rolou, e sei que não terminou, pelo contrário, tudo está só começando.
Eu não sou do tipo que fica em casa olhando a vida passar, só de vez em quando para recarregar as energias é bom contemplar a vida e o mundo, mas em regra não espero que as coisas aconteçam, gosto de fazer acontecer. O marasmo, a mesmice é um dos fatores mais irritantes para mim e a mudança, o novo, é oxigênio para a minha mente.
Nem sempre a mudança física é necessária, por vezes resolvemos pela mudança de postura, em auto-conhecimento, em um olhar diferente para a vida. É essa a magia para estar sempre jovem, e nada de botox na cara, é energia para a alma que vale à pena.
Raul Seixas já descreveu em poesia a metamorfose ambulante que devemos ser para não morrermos, se não fisicamente, pelo menos espiritualmente. Eu acredito que estamos no mundo para evoluirmos, melhorarmos, adquirir conhecimento, mudar... acho que por isso que eu adoro as mudanças.
Conheço pessoas que sofrem quando percebem que precisarão mudar, que tentam fugir às mudanças, que transformam isso num calvário, e que perdem a oportunidade, o momento, deixam de crescer, ficam presos à velhas histórias, magoas, e tristezas e nunca aprendem a ser feliz de novo.
Quando temos mudanças físicas, de emprego, casa, etc., temos a oportunidade de avaliarmos nossos “Lixos” descartá-los, e o que puder ser reciclado, enviado para doação, etc., que seja dado o destino. Só ficar com o que realmente precisamos.
Na nossa vida é assim, precisamos fazer esses exercício de mudança constantemente para que nossas bagagens não fiquem por demais pesadas!