domingo, 28 de março de 2010

Soberb

I don't want to be the girl who laughs the loudest
Or the girl who never wants to be alone
I don't want to be that call at 4 o'clock in the
morning
'cause I'm the only one you know in the world that
won't be home

Ahh, the sun is blinding
I stayed up again
Oh, I'm finding
That's not the way I want my story to end

I'm safe up high, nothing can touch me
Why do I feel this party's over?
No pain inside, you're like protection
But how do I feel this good sober?


I don't want to be the girl who has to fill the
silence
The quiet scares me 'cause it screams the truth
Please don't tell me that we had that conversation
I don't remember, save your breath
'cause what's the use?

Ahh, the night is calling
And it whispers to me softly, "you're to blame"
I hear you falling
And if I let myself go, I'm the only one to blame

I'm safe up high, nothing can touch me
Why do I feel this party's over?
No pain inside, you're like perfection
So how do I feel this good sober?

Coming down coming down coming down,
Spinning round spinning round spinning round
Looking for myself, sober
Coming down coming down coming down,
Spinning round spinning round spinning round
Looking for myself, sober

When it's good, then it's good
It's all good 'till it goes bad
'till you're trying to find the you that you once had
I've hurt myself, cried, never again
Broken down in agony
Just trying to find a friend
Oh

terça-feira, 23 de março de 2010

Crise do coração gelado

Sabe, depois de ouvir incansavelmente a música do George Michael, fiquei pensando nos motivos que fizeram eu me sentir tão tocado pela letra.

Como é normal, não cheguei a nenhuma conclusão, até porque a vida não é feita de respostas, mas de perguntas, questionamentos, devaneios, dúvidas... somos, sem sombra de dúvidas seres formados pela inconstância de nossas vontades, pelo incômodo do sossego dos nossos sentimentos. Esse combustível de dramaturgia viva nos dirige à felicidade por caminhos tortuosos.

A citada música fala do medo de um novo amor, que baseia-se nas experiências passadas de um romântico sofredor, daqueles que poderia morrer de tuberculose por ser abanadonado pelo seu amor para toda a vida. De alguém que sofreu tanto, que ganhou de prêmio um coração congelado.

Sou de peixes, e todas as minhas experiências íntimas, me fizeram, em algum momento, sofrer demais, mesmo nos casos em que eu dei causa do fim do relacionamento. O Processo de desligamento sempre foi dolorido, tomar a decisão, expor a posição, virar as costas e deixar a pessoa partir-se.

Independente da minha conjunção astronômica, estamos num momento social em que as pessoas tanto apregoam a solidão, o desejo para encontrar um amor eterno, em que as ferramentas digitais e as redes de relacionamento virtuais potencializam em milhares de vezes as possibilidade de encontrarmos pessoas com gostos, desejos, manias e características que tanto amamos e criarmos histórias efetivamente reais.

Somos, sem sombra de dúvidas, a geração de corações gélidos, em que temos medo dos relacionamentos efetivos e duradouros. Os solteiros e independentes são invejados pelos casados, com filhos, com aquela imagem de comercial de margarina tão repetida na TV e nas manhãs dessas famílias, enquanto nós temos medo de morrermos sozinhos e abandonados.

Será que a geração X - a que pertenço - ou a Y - que segue de perto - estão preparados para ter relacionamentos sérios e duradouros? Estaremos sempre insatisfeitos com o "amor" da semana, sem desejar o conjuge alheio, achando que ali mora a perfeição que tanto desejamos?

Estou num momento em que quero parar tudo, curtir delicadamente um relacionamento sério, ao custo de parte da minha liberdade, mas nunca da intensidade. Desejo um amor que me compreenda, mas que acima de tudo me deixe com a sensação de inconstância evolutiva, um amor que me faça ver minha qualidades, mas que acima de tudo aponte carinhosamente meus defeitos e dê força para a mudança, alguém que me force ao movimento quando necessário, mas que me dê colo quando a insegurança bater e que tenha um coração tão quente que faça a geleira que vive dentro do meu peito descongelar-se tão rapidamente que meu corpo todo será inundado de arrepios e paixão.

Acredito que um garoto da periferia também tem o direito de ser feliz... por isso, tenho esperanças que não é só a ponta do meu coração gelado se derreta, mas todo ele mostre-se capaz de alimentar as borboletas da minha barriga.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Uma Pausa Musical

O texto abaixo não é meu, mas diz muito sobre a vida:

I've had enough of danger

And people on the streets
I'm looking out for angels
Just trying to find some peace
Now I think it's time
That you let me know
So if you love me
Say you love me
But if you don't just let me go...

'Cos teacher
There are things that I don't want to learn
And the last one I had
Made me cry
So I don't want to learn to
Hold you, touch you
Think that you're mine
Because it ain't no joy
For an uptown boy
Whose teacher has told him goodbye, goodbye, goodbye

When you were just a stranger
And I was at your feet
I didn't feel the danger
Now I feel the heat
That look in your eyes
Telling me no
So you think that you love me
Know that you need me
I wrote the song, I know it's wrong
Just let me go...

And teacher
There are things
That I don't want to learn
Oh the last one I had
Made me cry
So I don't want to learn to
Hold you, touch you
Think that you're mine
Because it ain't no joy
For an uptown boy
Whose teacher has told him goodbye, goodbye, goodbye

So when you say that you need me
That you'll never leave me
I know you're wrong, you're not that strong
Let me go

And teacher
There are things
That I still have to learn
But the one thing I have is my pride
Oh so I don't want to
Hold you, touch you
Think that you're mine
Because there ain't no joy
For an uptown boy
Who just isn't willing to try

I'm so cold
Inside
Maybe just one more try...

By George Michael

domingo, 7 de março de 2010

Crise de Efemeridade

Ontem em uma viagem rápida pelo interior de SP, num dia de chuvas muito fortes encontrei muitos acidentes no meio do caminho, e dirigindo solitariamente pela Bandeirantes, fiquei pensando quão importante um milésimo de segundos pode ser importante na nossa vida. Um momento efêmero com um resultado impactante ao resto da vida.

Um acidente é o encontro desastroso entre duas situações que mudam o rumo dos destinos, pelo menos a via desejada. Ali, naquele momento fugaz nos vemos diante de uma situação que unca imaginamos ou desejamos em nossas vidas e precisamos, de alguma forma minimamente racional lidar com isso, como agir racionalmente e sem desesperar-se com os novos acontecimentos.

Alguns acidentes tem capacidade de impactar de tal forma a vida das pessoas que seus efeitos são devastadores na alma humana, com possibilidade de nunca mais ser recuperado, provocando um vazio no coração dos sobreviventes que nada, além do tempo, poderá ajudar a sorrir novamente.

Outros acidentes, embora tenham a importância de gravidade de causar transtorno, um certo prejuízo financeiro, trabalho, perda de tempo, serve para nos provar que não temos o dominio pleno de nossos caminhos, que as nossas decisões estão limitadas as opções apresentadas, e que ali, no percurso, teremos de nos deparar com uma situação totalmente independente de nosso livre arbitrio. Somos e seremos sempre vítimas do acaso, do destino que se apresenta naquele milionésimo de segundo em que as rédeas da vida se soltaram de nossas vidas.

Os acidentes mostram como as pessoas são em sua essencia. Diz-se que se conhece a educação de uma pessoa pelo jeito que ela trata o garçom, eu acredito que se conheça a alma da pessoa quando você a vê diante do inesperado. Ali, é exposto a sua essência, os seus sentimentos mais animalescos reprimidos pelas regras sociais. É ali, naquele momento, que não tem a duração da eternidade, nem a desimportância dos momentos importantes da história mundial que é mostrada a nossa decendência. Ali reencontramos nossos ancestrais não signatários de contratos sociais com Estados de Direito e demonstramos que a nossa civilidade nada mais é do que representação mal feita do que efetivamente uma questão genética.

Aquele momento pode fazer com os caminhos sejam alçados à felicidade ou jogadas á escuridão. A questão que tem me pertubado esse fim de semana, é como um acontecimento efemero pode mudar nossos destinos, desejos, anseios, tirar nosso sorriso do rosto e fazer jorrar uma cachoeira de lágrimas de nossos olhos expressando o desespero que nossos corações ficaram.

Os acidentes a sua efemeridades existem para nos provar que não temos controle de nossas vidas, e que apesar de tudo, somos pessoas com sentimentos, dos mais profundos, e que apesar do desespero que fere nossas almas, ainda teremos um pouco de dignidade ao deitarmos em nossas camas para descansar.