quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
2010!
Que venha 2010, com mais amor e compreensão.
Que venha 2010, com mais perdão e menos ódio.
Que venha 2010, com mais prosperidade e menos crise financeira.
Que venha 2010, com mais amor e menos solidão.
Que venha 2010, com muito mais carpe diem, todos os dias, para o resto de nossas vidas!
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Crise de Amor Incondicional
O ser humano analisa, antes de tudo, uma série de aspectos para poder amar, como o aspecto social, físico, cultural. Não casamos com o nosso primeiro amor, aquele inconseqüente, puro e despretensioso. Nos relacionamos com diversas pessoas, nos decepcionamos, perdemos a fé no outro e no amor, até que encontramos alguém que preencha requisitos menores. Romeu e Julieta foram intensos e trágicos pois era seu primeiro amor e não foi um casamento para toda a vida, e sua história não seria a mesma se eles tivessem sido divorciados.
Romeu e Julieta é uma história que só comprova quão inconseqüentes são os adolescentes, mas definitivamente não trata de uma história de amor maduro.
Casamos com aquela pessoa que nos faz sentir-se bem, que tenha uma boa família, que corresponda a alguns requisitos sociais do grupo a que pertencemos. Não há Romeus e Julietas na maturidade.
O Marley prova que só quem desconhece as regras sociais humanas, o socialismo e o capitalismo é capaz de amar o rico e o pobre, o feio e o belo, o homem e a mulher, o infante e o idoso da mesma forma, só um animal de estimação é capaz de idolatrar o “chefe da matilha” independente de qualquer fator, correspondendo em intensidade superior qualquer demonstração de carinho.
O ser humano quer mais e mais, quer ser amado sempre em porções maiores do que consegue amar. Quer demonstrações intensas de paixão, quer um suicídio, se possível, quer ser feliz até que a morte os separe, mas que isso aconteça de forma breve, prefere o drama de perder o amor ao desgaste diário do relacionamento.
Um animal de estimação espera alegremente o retorno do seu dono para casa, para desfrutar por 10 minutos de um afago carinhos, 5 minutos de caminhada no quarteirão e 2 horas de TV quietos, mas lado a lado, e uma noite trancado do lado de fora ou na área de serviço. 21 horas de solidão com expectativas para o que sobra do dia para ser vivido ao lado do ser amado. Nem entre pais e filhos há essa pureza no relacionamento, não após a pré-adolescência.
Quem em são consciência humana se bastaria com isso? E os restaurantes, roupas, presentes, viagens? E a família, amigos, sociedade? Deseja-se mais. E mais. E mais. Não há inocência nos relacionamentos humanos, que são dirigidos por sentimentos poucos nobres. Sempre haverá um interesse em jogo, nem que seja o do bom papo, da companhia agradável, as risadas, etc., haverá naquele relacionamento um interesse de reciprocidade, e ai de quem não corresponder e magoar o outro, pois estará destinado, impreterivelmente, à renegação e exclusão social.
Quem não quer um amor vira-lata, daqueles em que os interesses são menores em exigência, mas nobres em qualidade. Que demonstre alegria apenas com a sua presença, e que te ame intensamente, e que você pode amar sem medo de ser rejeitado.
Um amor assim, só mesmo nos contos de fada, mas que nunca teve uma boda de prata ou ouro documentada.
Talvez só os Marley e Lassies da vida possam no proporcionar esse tipo de amor, mas isso não nos impede de buscá-lo em todas as esquinas da humanidade, em busca do brilho de vida nos olhares perdidos dos zumbis que andam pelas ruas da vida.
Eu ainda acredito no amor, mesmo que seja de um vira-lata.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Crise da Partida
domingo, 22 de novembro de 2009
Crise de Post
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Crise de Amor
Eu sou cético com relação à existência de um determinado tipo de amor: entre os amantes. Entre um casal, independente da raça, credo ou opção sexual não há amor sem interesse.
Acredito, no amor entre familiares e amigos, desde que despidos de qualquer natureza de interesses comerciais, financeiros, ou de herança. Um pai ama incondicionalmente um filho e por conseguinte o seu neto. São amores que remotam ao momento em que não houve interesse promiscuo interferindo as relaçoes. É um amor de formação pura.
Quando falamos naquelas poucas pessoas que criamos laços efetivos de amizade, a coisa funciona com a mesma dinâmica, desde que não aja interesses outros que não a agrádavel presença da pessoa na sua vida, em que há pureza no sentimento, cuja interação surgiu por mera liberalidade e sincronia de energias. O amor entre eles nasceu puro e assim pode permanecer.
Entretanto, ao tratarmos de um casal, a coisa muda de figura. Não consigo vislumbrar um amor desprovido totalmente de interesses, que não o de convivencia. Há outros elementos no relacionamento, tais como, interesse sexual, de constituir família, de investir numa carreira, proteger-se da solidão, etc. São muito os elementos que regem um relacionamento entre um casal e um casamento. E todos esses interesses são o adubo, terra e semente daquele relacionamento.
É errado afirmar que um amor verdadeiro não pode nascer de um relacionamento nascido de interesse sexual. Quando se tira o tesão inicial, quando se imagina o outro numa cama, moribundo, precisando de ajuda, e não se tem duvida do desejo de estar ao lado, de ajudar uma vontade de cuidar, há, ali, um amor de verdade. É fato.
O amor, quando supera o inicio de visão turvada pelos interesses, quando se consegue abstrair das qualidades que ofuscam o menor defeito, quando começamos a delimitar pequenos defeitos da personalidade do parceiro, e mesmo assim não vemos a vontade de estar junto diminuir, estamos diante de amor. Caso contrário, teremos a máxima expressão da paixão, um sentimento regido por todas as qualidades que consiguimos enxergar, com prazo determinado (dizem que a paixão dura no máximo 3 anos) e que causa angústia ao coração.
O amor não é isso. É paz de espírito, confiança múltipla, é ver qualidade nos feitos, e conviver com isso. É despir-se de sexo, dinheiro e presente e vesti-lo com o futuro.
A minha história me fez ver que nem todos os envolvidos numa história de amor conseguem demonstrar na mesma sintonia e intensidade do sentimento. Um sempre ama menos que o outro, uma sempre envolve-se mais rápido que o outro.
Os meus relacionamentos me fizeram ficar cético com a existência de um amor duradouro. Talvez eles apenas tenham me preparado para um amor de verdade, com futuro promissor, em que terei vontade de cuidar no fim de vida, e com quem não saberia viver sem. Talvez aquela pessoa que cruzará meu caminho e me fará esquecer os anos que a solidão me acompanhou, em que me perguntarei como consegui sobreviver sem aquele sentimento na minha vida.
Vivo em uma das maiores cidades do mundo. Sou um cidadão cosmopolita, com acesso à informação e cultura formal de diversas formas, com acesso a pessoas bem sucedidas, inteligentes, e por isso mesmo, com um padrão de qualidade muito elevado. Busco a beleza interior e exterior, por mais que saiba que eu mesmo não estou num padrão tão elevado assim, não preenchendo todos os requisitos das fotos de propaganda e revistas de celebridades. Longe de mim. Tenho outros valores a agregar e entregar. Mas a primeira impressão é a que fica.
Mas claro, na busca de um amor, precisamos, sem sombra de duvida, de um interesse inicial. E é complicado preencher todos os requisitos de um cara cosmopolita. Perceba que não é uma situação pessoal, mas circuntancial das pessoas que me cercam, pois percebo a mesma ansiedade nos meus amigos e colegas.
Os amores que podem valer a pena, precisam de paciencia para quebrar o paradigma inicial, e mostrar que tem muito a oferecer. E que suas qualidades superam os requisitos da “ficha de inscrição”.
Talvez tudo isso mude semana que vem, quando posso cruzar com um amor para toda a vida, pois como disse um amigo: “o amor é como um jogo de memória, só tem fim quando todas as cartas corretas se encontram”. Espero que para mim o jogo ainda não tenha terminado.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Crise de Perfeição
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Crise de Catarse
Foram anos bons e mas também anos duros os que se passaram, em caminhos tão diversos que nunca se imaginaria tão eclético grupo junto, com uma história comum, com um passado juntos. Foram os melhores amigos, e por ter acontecido durante a sua adolescência, foram cruéis um com o outro. Usaram apelidos, provocaram brigas entre si e se defenderam de outros. Fizeram as pazes, e seguiram caminhos que a vida lhes proporcionaram. Viajaram, conheceram o mundo, ficaram aqui e viveram suas condições.
Da mesma forma que perderam a intimidade do tempo, tem a intimidade da amizade que nuca fora perdida mas que esteve sob o estado de hibernação profunda, que é despertada a cada encontro, com um sorriso, um abraço apertado e sem barreiras, com uma cerveja na mão, e o brilho sincero de estar em boa companhia.
Eis que tanto tempo depois, com a maturidade na alma e o coração limpo, se desculparam pelas ofensas cometidas, pelas gafes, pela distância. Fizeram a Catarse de seus passados, e se prepararam para o futuro, e assim podem seguir suas vidas com um fardo a menos para carregar.
E então conseguiram tornar aquela amizade em indestrutível.
Obrigado aos que estiveram lá.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Edith Piaf – o pequeno pardal
Ela foi a síntese do sofrimento de um artista, cuja alma não esta preparada para o mundo e sua crueldade. Uma pessoa que foi abandonada por todas as pessoas que a cercaram e amou por vontade ou pelo destino. Foi só, solitária, traída, intensa, diva, mulher, amante, esteve no céu, no inferno e no purgatório, esteve onde os mortais classe média nunca estarão.
Sofreu, sofreu e sofreu todas as dores dos amores que passaram em sua vida, desde o amor materno até o amor de seus homens e mulheres. Teve alguns amigos que se tornaram a sua família, que trocaram ao longo do tempo, e alguns que permaneceram por toda a sua vida, mas que apesar de tudo, ainda acreditava no amor ao final de sua vida.
Foi capaz, como dizia sua musica, de esquecer o passado, e que o bem ou o mal que lhe fizeram não importava, pois tinha o recomeço, o novo, uma vida pela frente, um ponto zero.
Talvez essa seja a síntese do desafio do ser humano na terra: ser capaz de recomeçar.
O reinício tão difícil em nossas vidas tão medíocres torna o nosso futuro tão impossível e improvável. Vivemos os ciclos dos acontecimentos em repetições eternas sem conseguir aprender 1 vírgula sequer, sem que isso seja esfregado em nossas caras por uma cartomante qualquer. Sem altas doses de fortes antidepressivos. Deprimimos-nos em nossa vida mais ou menos. Esquecemos do amor. Desistimos da felicidade pelo simples medo de sofrer uma decepção. De sentir a pele, o cheiro, o beijo e de um dia não ter mais nada.
Queremos a certeza da eternidade e a intensidade da paixão no mesmo pacote. Queremos você, ele, eu, o amor de novela. Mas não o risco. Nada de ônus, apenas o bônus da felicidade.
Piaf foi o que deve ser um grande artista, sensível até seus ossos. Sua artrite deve ter sido o reflexo da intensidade dos seus sentimentos, que não paravam na derme, epiderme ou endoderme, mas atingiam o mais profundo da sua alma. Nada de amores superficiais do tipo fast food, que se resolve ao fim dos 200 capítulos da novela, onde todos são felizes para sempre. Não isso na vida real. Romeu e Julieta foram mártires de um amor fugaz e a promessa da eternidade.
Cazuza, Maysa, Amy Whinehouse, Michael Jackson, Piaf, entre tantos outros artistas sofrem da dor dos amores vividos com intensidade não suportado pela delicadeza de suas almas de artista. E nos contentamos ver sua glória e desgraça, agradecendo aos céus por não termos sofrido dores tão profundas, e por nossas cicatrizes nos terem permitido continuar a viver.
Somos vítimas de nossos amores superficiais e sociais. Eu quero mais. Quero um amor eterno num reino distante, e que não seja levado pelo destino, mas que eu possa ter a alegria de manter ao meu lado pela vida. Quero a sensibilidade do poeta para entender o amor perdido, e a força para recomeçar do zero sempre que for preciso, independente do mal ou do bem que me fizerem, que eu tenha sempre um conselho a seguir, independente da idade, de amar. Sempre. Ame.
Mesmo assim acreditou no amor
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
The final goodbye
Mesmo assim, fui perdoado. Mas não consegui conviver com a imagem dos meus erros deitado ao meu lado na cama. Foi demais para um perfeccionista como eu.
Hoje ouvi que encontrara um anjo que só trazia felicidade. Hoje me senti desamparado. Hoje tive vontade de sair correndo, e voltar ao passado e não cometer aqueles erros e quem sabe permanecer ao teu lado. Hoje gostaria de ter distanciamento dos fatos. Mas não consegui nada disso. Não poderei ter outra historia com a mesma pessoa.
Mas a minha vida nunca foi guiada pelo passado, e sim pelos fatos presentes e pela pretensao de um futuro. Hoje me livrei do último artefato que me prendia àquele amor que passou. Hoje dei fim ao símbolo do teu perdao e da minha vergonha que andava comigo na carteira. Hoje terminei o que devia ter terminado a tempos. Nosso relacionamento foi bem sucedido apenas pelo fato de eu ter me conhecido e descobrir que certos erros eu não sei cometer, que só pelo fato de ter cometido aquele erro, já deveria ter posto fim a tempos à essa história, que não pertence ao agora ou ao amanhã, e apenas ao ontem e antes.
Agora é o meu Adeus final da nossa história, com o nosso símbolo deixado para trás, em toda literalidade, numa rua em São Paulo. Não carrego mais aquele anel que eu ganhei. Hoje me livrei do meu pecado. Hoje me perdooei, pois sei que seu anjo irá te fazer feliz como eu nunca seria capaz de fazer. Hoje sem voce saber dei meu adeus final, e finalmente estou habilitado para abir meu coraçao para um novo amor que se aproxima. Sem você saber, hoje, me fez terminar a nossa história que vivia de forma platonica em mim, talvez por medo de ficar sozinho pela eternidade. Hoje terminei esse capítulo e começo um novo. Sou um novo homem, que continuará a sonhar.
Não é fácil deixar histórias de amor no passado, principalmente quando se está sozinho, é fato que o lívrio arbítrio neste caso fica prejudicado pelo medo da solidão, que embora nunca tenha feito parte da minha alma esteve me acompanhando nos últimos dias em que ocorreram tantas mudanças na minha vida. Se o próximo relacionamento ou os que vierem darão certo, não faço idéia, e essa incerteza oxigena meu coração que bate forte, provoca a sensação de borboletas no estômago, me deixa ansioso. Tudo pode acontecer, como sempre pode. Mas agora me divorciei do medo da solidão.
Desejo a você boa sorte, e a mim um amor que valha a pena.
p.s.: desculpem a carta tão pessoal, mas é a única forma de exorcizar o que ocorreu essa semana.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Youpix
Rosana, muito Prazer!
domingo, 30 de agosto de 2009
Crise de Amor
Os relacionamentos dão certo, por um período, e podem acabar, por que um dos dois não estava na mesma sintonia que o outro, apaixonou-se por outrem, ou simplesmente porque a paixão acabou. Mas não quer dizer que não deu certo, por algum tempo eles foram felizes, compartilharam planos de futuro, situações do presente e lembranças do passado, dormiram de conchinha, e em camas separadas, brigaram, fizeram as pazes, amaram e se odiaram como só os amantes podem fazê-lo.
domingo, 16 de agosto de 2009
crise do elogio
sábado, 8 de agosto de 2009
crise do ninho
Nos próximos dias estou de mudança. Saio da casa dos meus pais e aos 31 anos irei morar sozinho. Não é uma decisão fácil. Não é um momento tranqüilo.
Essa decisão traz, por si só, uma série de mudanças práticas na vida. A partir de agora eu preciso comprar e fazer a minha comida. Pagar a luz, telefone, TV à cabo, a faxineira, o conserto eventual de um equipamento. Preciso arrumar a cama, limpar o banheiro. Preciso crescer e tomar conta da minha vida por mim mesmo, saindo da barra da saia da minha mãe e das calças do meu pai.
Além das mudanças práticas, há a mudança emocional. Não terei mais com quem conversar ao chegar em casa, pelo menos até arrumar um amor para chamar de meu, ninguém para implicar com meus sapatos espalhados pelo meu quarto ou banheiro. Ninguém estará preocupado se vou para jantar ou a que horas cheguei em casa. Ninguém para brigar ou fazer as pazes. Ninguém para me dar remédios quando doente, exceto se for grave o suficiente para ir ao hospital ou pedir socorro.
Morar nas casas dos meus pais é confortável demais. Não me preocupo com nada, apesar do meu salário, não pago contas, não me preocupo com a manutenção das contas do lar, a roupa é lavada, passada e guardada sem eu tomar conhecimento. Há sempre o que gosto de comer na geladeira ou dispensa. Sempre um chá quente nos momentos de crise. Não terei mais isso.
Por outro lado, morar sozinho me proporcionará liberdade de acertar e errar por mim mesmo, a começar pela decoração, compra de eletrodomésticos, as compras básicas, a pesquisa de preços das compras do mês. Proporcionará-me a experiência de tomar conta da minha vida, para então poder tomar conta de um departamento, de gerenciar pessoas, desenvolver novos talentos, sair da zona de conforto.
Claro, sou o primeiro da família toda a fazer isso. Os demais seguiram o padrão familiar, nascer, crescer, casar, reproduzir, eventualmente separar, casar de novo, reproduzir, e morrer. Não nasci para isso. A partir do momento que mudamos de Estado e Cidade, rompi de vez os laços do tradicional. Nasci, cresci e rompi com o tradicional. Estudei, me formei, escrevi um livro, me pós-graduei, trabalhei, viajei, amei, rompi, me relacionei, terminaram comigo, trabalhei demais, conheci pessoas interessantes, estive no meio da história, na geração cara pintada, fui a shows, vi arte, cultura, moda, ouvi músicas que os pares não fizeram. Não sou melhor nem pior, mas diferente.
As minhas experiências pessoais e culturais me tiraram do trilho da tradicionalidade. Romper com isso não é fácil, pelo contrário é doloroso, como é doloroso ser diferente em tudo, seja na religião, “opção” sexual, profissão, cor, e demais aspectos que podem nos tornar único. Vivemos um mundo de massificação cultural e ser diferente é dolorido, mas não menos normal que os “tradicionais”.
Gosto da diferença, de ser diferente, de tentar, ao menos tentar, pensar por mim, pelas minhas convicções, vontades, desejos e anseios. Vivo e trabalho num mundo corporativo tradicional, de uma carreira padrão, venho de família classe média de comercial de margarina: mãe dona-de-casa, pai provedor, irmã casa e professora e eu advogado. Não desmereço o padrão, pelo contrário, adoro tudo isso, e trabalho para manter o padrão social financeiro, mas não me peça para acompanhar o que todos assistem, e fazer o que os demais fazem, simplesmente não posso.
Eventualmente freqüento os lugares da moda, me visto com roupas da moda, etc., mas não só porque está na moda, mas porque é lá que eu encontrarei meus amigos, e com aquela roupa que me identificarei com meus iguais nas diferenças, na minha turma. Mesmo os diferentes são iguais em alguma coisa.
Sair do ninho aos 31 anos não é fácil, como não o é aos 18, aos 21 ou aos 40, mas em algum momento, será necessário. Dizem alguns sociólogos que os 30 de hoje são os 20 do passado, que é aqui que termina a adolescência, que os filhos saem do ninho de segurança da família, seja casando, seja mudando, viajando, etc., mas aos 30 fazemos o que nossos pais fizeram aos 20. É doloroso e desconfortável, mas é necessário.
Acredito que o fato de perder o contado diário com meus pais melhorará significativamente a qualidade do nosso relacionamento, que considero bom, mas que sem o desgaste diário transformará os momentos de encontro em momentos muito mais especiais. Ambos os lados irão valorizarão imensamente aquele instante de encontro, mas sabe que daqui a pouco um dos lados irá embora para sua casa.
Há neste momento a crise do ninho vazio para meus progenitores, que devem estar morrendo de receio do que poderá acontecer comigo nessa empreitada. Para mim há a crise de deixar o ninho, o medo de não conseguir bater as asas forte o suficiente e não voar, de ter de voltar ao ninho até fortalecer mais os músculos e tentar novamente. Há crises e paixões demais em tudo que envolve esse momento, o que pode causar transtornos que não desejamos, mas que é a forma que temos de demonstrar nosso desespero, medo de tudo dar errado, e com família não modo ou jeito de ser racional, sempre se age passionalmente, intensamente.
É um daqueles momentos que sabemos que nossa vida tomará novo rumo, é uma daquelas encruzilhadas que temos consciência. É o ponto de mudança. Nem sempre temos essa consciência. Mas hoje posso dizer, que a minha decisão de 2 anos atrás de comprar um apartamento, torna essa encruzilhada real hoje. Poderia simplesmente vende-lo e ganhar com a especulação, mas pelo contrário, torno neste momento real a minha decisão.
Estou esticando as asas para levantar vôo do ninho. A altura é elevada, assim como os riscos, o coração dispara, a adrenalina eleva-se. O momento chega. E num segundo, deixo o ninho para viver a minha vida. E tal como todos os empreendedores da humanidade, darei um pequeno passo para a humanidade, mas um enorme passo para um homem.
Que os deuses e anjos me acompanhem, e que o salto seja pacífico. Porque o amor dos meus pais, isso já garante o céu de brigadeiro enquanto estiver voando.
sábado, 25 de julho de 2009
Crise de dicotomia
Ocorre que de vez em quando, na frequência do cometa harley somos colocados diante de pessoas diferentes de nós, e pessoas por quem possuimos afeição razoavel, e que está inserida no nosso meio, elas meio perdidas nas nossas percepções e nós perdidos em suas visões.
Essas confrontações com nossos "pré-conceitos" é útil para reavaliarmos as nossas posições e dogmas e colocarmos à prova os outros, mas é imprescindível que estejamos preparados para esse tipo de proposta de mudança. De nada adianta colocar uma pessoa não preparada para discutir filosofia com Freud uma descrente em filosofia, ou mesmo física quântica com um cientista uma analfabeto funcional na arte da matemática.
Para que haja sorte é necessário ser a pessoa preparada no momento adequado, e até para termos a possibilidade de evoluirmos em nossos conceitos, mudá-los ou até mesmo sedimentá-los diante de inquisição dos porques trazidos pelo sopro de novidade de um pensamento diferente, é necessário estarmos abertos à novidade, assim como é necessário estar aberto ao amor para se namorar.
A sorte de encontrar uma pessoa com quem se possa manter um nível razoável de conversa já é complicado em demasia nos dias de hoje, e na era da comunicação e da internet em que cria-se vários guetos é muito mais complicado encontrar alguém que se possa manter uma conversar dicotômica, em que ambos têm argumentos razoáveis, mas diferentes sobre algum assunto.
Vivemos na era dos barulhos, em que encontramos nosso grupo em ambientes com tantos ruídos que nos impede de mantermos comunicação de boa qualidade por um tempo razoável. Somos qualificados por nossas profissões, posses, estilo de vestuário, mas não pelo nosso conteúdo, modo de perceber o mundo, opiniões pessoais.
Qualificamos as pessoas nos primeiros 30 segundos de conversa. Desejamos pessoas que se encaixem em nossos desejos íntimos. Colocamos empecilhos em quaisquer defeitos que percebemos nos outros. Não damos oportunidade de nos ensinarem um novo ponto de vista.
Somos tão presos aos nossos padrões, que esquecemos de dar chance aos outros. Mas quando isso acontece, rejuvenescemos nossas mentes e corações, trocando nossas lentes embaçadas pela gordura do tempo e a sujeira do preconceito. Mas isso é tão dificil. Mas vamos dar um passo, ouvir uma musica que não é o nosso padrão, ir a um lugar diferente, experimentar um tempero novo, beijar uma pessoa diferente do nosso padrão, e quem sabe possamos entender o outro melhor, e ver que o seu ponto de vista, mesmo quando não aplicado à sua realidade, também é verdadeiro e legítimo
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Crise de Férias
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Crise de Gripe
Como não me sentia bem na empresa, resolvi seguir para um hospital, ser medicado, tomar uma injeção e poder voltar trabalhar amanhã normalmente. Pois não fui feliz na minha meta. Fui a 2 hospitais em SP, sendo um deles, de acordo com a minha irmã, referência para o tratamento da gripe H1N1 (ou gripe suína mesmo), pois a espera ultrapassava as 3 horas de espera, e isso em plena 2ª Feira às 15h00.
No Hospital referência a coisa estava mais crítica, pessoas com máscaras cirúrgicas, caras de assustadas e de desespero. Havia um que de apocalíptico no ar.
Claro, não fiquei esperando lá, pois não tive contato com pessoas contaminadas com o vírus, pelo menos que eu saiba. Não tenho todos os sintomas. No meu caso é um forte resfriado com sinusite, não preciso passar por aquilo, não agora.
Mas o que me deixou impressionado é a capacidade das pessoas estarem assustadas com os mais leves sintomas, mesmo que isolados dos demais, e achar que estão contaminadas pela doença. Talvez tal como a Cegueira do Livro do Saramago, esse momento seja o início de uma cegueira coletiva guiada pelo comoção geral, pelo medo de contaminação, de risco de morte. Estamos prestes a uma histeria coletiva, corroborada por atitudes populistas de dirigentes da saúde.
De acordo com as informações do Ministério da Saúde (não que sejam os mais confiáveis) a mortalidade é 0,4%, ou seja, a mesma da gripe normal. Esse pânico é desnecessário e fruto da ignorância, como tudo. Foi assim no começo da AIDS, por exemplo, em que a desinformação do "câncer gay" provocou uma onda de preconceitos contra os homossexuais. Assim está com os gripados e resfriados atuais.
Tenho medo do que pode acontecer, no caso de uma doença efetivamente devastadora, em que se transmite pela água, pelo ar, ou coisa que o valha, com grande capacidade de infecção e alto índice de mortalidade. Deveremos ter uma limpeza humana na terra, com uma onda de suicídios, diante do medo das mzelas que uma doença que pode trazer.
Da mesma forma que a ignorância é a chave da felicidade, pois percebe-se a alegria dos olhos dos ignorantes, que formam a base da pirâmide social proporcionalmente inversa ao brilho dos que estão no topo, a ignorância é também a chave do desespero para situações em que se precisa de um pouco de equilibrio.
Fico preocupado com os desdobramentos dessa doença, e o pânico que pode provocar na população, não só tupiniquim, mas em todas os demais povos que estão sofrendo com isso.
Que a gripe H1N1 não passe de um alarme falso de ma crise da saúde mundial, mas que ela sirva para mostrar aos governantes o que se deve e o que não se pode fazer. Vamos fazer a nossa novena em templos lotados, e sem higiene para que não tenhamos uma doença grave nos próximos meses.
sábado, 4 de julho de 2009
Crise de vida On Line
Eu tenho um pouco desse perfil. Sou tímido para manter as relações mais intimas, para me abrir os meus sentimentos mais íntimos às pessoas que me cercam, por isso uso esse blog. Por isso eu tenho amigos virtuais. Por isso gosto da internet.
De acordo com a revista a internet acaba com a solidão social, que te insere em comunidades comuns, te apresenta pessoas com gostos comuns, te permite participar de eventos sobre o assunto. Pode te proporcionar uma vida social.
Mas por outro lado, não te permite a aprofundar as relações interpessoais, pois acaba-se tendo muitos conhecidos, mas poucos amigos. Quantos você pode efetivamente contar, no fim das contas, se ficar sem dinheiro, sem fama, sem trabalho, sem saúde? Com quantas pessoas você pedirá apoio e receberá? Conta-se nos dedos da mão, se tiver sorte.
Eu tenho sorte. Tenho uma mão de amigos verdadeiros, que passei por crises, brigas, divergências, que moram perto, longe, logo ali e do outro lado do mundo. Tenho amigos virtuais, tenho amigos reais, tenhos colegas e conhecidos, em bits e em carne. Alguns com mais profundidade, outros apenas na epiderme. Muitos de nós com pouco tempo de se encontrar, pois trabalhamos demais, vivemos demais, amamos demais, e isso nos consome tempo, impedindo de termos contatos mais constantes.
Mas lendo a matéria, percebi que gasto tempo demais com as comunidades virtuais, o que não me deixa feliz, embora nunca tenha deixado de ter meus amigos de carne e osso, que eu amo e estimo como uma família escolhida a dedo e pelo destino, mas acabamos perdendo contato de uma forma ou outra.
Diminuimos a intensidade dos nossos relacionamentos, porque nos relacionamos em massa, como tudo nesse mundo, queremos mais, queremos tudo, queremos tudo e agora, queremos viajar por 30 paises em 15 dias, de onibus pela Europa, para nao parecer que deixamos algo para trás, queremos ver todos os blockbuster do cinema, todos os restaurantes estrelados da Michelin, queremos as peças de teatro da broadway, todos os CDs de Michael Jackson.
Eu decidi fazer um experimento. Vou me dedicar aos amigos reais. Aos virtuais, apenas os que já tenho contato. Não quero novos amigos virtuais, mas aproximar-me dos atuais. Não será fácil, mas será uma mudança.
E você, quanto você gosta dos relacionamentos fast-food?
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Morre Michael Jackson
Muitas coisas serão ditas sobre ele agora, acusando-o de tudo e mais um pouco, defensores surgirão. Mas para mim morre um dos artistas mais importantes da contemporaniedade, o artista que me apresentou o mundo pop e me fez apaixonar por shows.
Ele não mudou o mundo pop. Ele criou o mundo pop. Todos os artistas atuais seguem ele e sua linguagem, influenciou a música, a cultura, a imagem, a linguagem pop.
Minha melhor lembrança da adolescência é o momento que entrei no Morumbi para assistir seu show. A só foi superada pela entrada do palco dele. O Show foi perfeito.Um clipe ao vivo.
Não defenderei a vida pessoal dele, pois não o conheci na intimidade e ele usou e foi usado pela mídia, muitas mentiras foram ditas e outras verdades foram omitidas a seu respeito e a respeito da sua história. Só os atores principais sabem os fatos reais e a verdade em sua plenitude.
Quanto ao aspecto cultural, mesmo para aqueles que não gostam do seu estilo musical, precisam render-se ao seu impacto e tamanho da sua importancia, que agora cala-se, descansa.
Espero, que tenha tido a oportunidade de consertas seus eventuais erros, e que sua boas ações tenham superado as negativas.
Que descanse em paz.
domingo, 7 de junho de 2009
Crise de Presidência
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Crise de Sujeira
Percebi que a cidade de São Paulo está suja, sem amor, sem uma paixão que faça brilhar seus olhos e faça pulsar seu coração. A cidade está abandonada à sua própria sorte (ou azar), pois seus moradores a maltratam diariamente, "24x7" como dizem os americanos.
São Paulo não tem as belezas naturais do Rio de Janeiro, as luzes de Paris, o charme de Veneza, a tecnologia de Tókio ou o Poder de Nova York. São Paulo é megalópole em sua riqueza, ounjância e cultura. Tem mais musicais que a Brodway, mais carros que Los Angeles, mais gente que muitos países do mundo.
A cidade é cultura no coração e dinheiro na cabeça, é onde se vem para ganhar a vida, fazer a américa, poderia ser dito pelos nossos antepassados, mas não é onde se vem investir uma vida no futuro, é onde se ganha dinheiro no presente para ser abandonada no futuro.
São Paulo pulsa, e tal como outra cidade, nunca dorme para acolher os que buscam refúgio em suas veias fétidas dos esgotos entupidos, e nas derrames de águas pelos boeiros abertos nas chuvas de verão. A metrópole se entorpece com o gás carbônico dos veículos que cortam suas vias rápidas e velocidades cada vez menores.
Locomotiva nacional perde fôlego com os abusos cometidos pelos seus governantes, escolhidos por um povo despreocupado com a sua casa, que abandona sua mãe na primeira oportunidade, daqueles que ignoram o passado e que repetem os mesmos erros de sempre, deixando cicatrizes nos rostos tristes dos seus mais pobres filhos.
A cidade que tem o metro mais caro da cidade, não respeita seus moradores menos abastados, joga-os a condições miseráveis para manter-se suprema na sua punjância desregrada da grifes internacionais.
São Paulo é puta dos teus filhos, que a violentam com tal intensidade, que só resto aos teus pais chorarem do alto dos templos e alicerces da cidade.
Mas esta mesma terra, tem seus bons filhos, que em minoria tentam valorizar os frutos colhidos, que amam as suas oportunidades, suas belezas raras, encondidas na alma de sua gente, na arquitetura dos teus criadores, na lição dos teus mestres, na inocência de suas crianças.
A cidade renasce das cinzas da poluição a cada nascente de sol para a esperança dos que nela chegam, para que o sopro de sua juventude na cidade possa salvar sua alma combalida.
A terra da punjancia, tenta fazer sobreviver seu colorido diante de tanto cinza e pixadores, que tal como bandidos, judiam daquela que os acolhe, e a cidade, como boa mulher de malandro continua tentando viver aos tapas e barrancos, sem derramar uma lágrima.
Ao me deparar com tamanho descaso, me peguei perguntando se valia a pena amar maltratada cidade... e após um pouco de reflexão conclui que cada um demonstra seu amor de forma distinta... só não entendo os que amam destruindo...
sábado, 9 de maio de 2009
Crise de Partidas e Chegadas
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Crise de posts
domingo, 26 de abril de 2009
O sentimento dos ultimos dias
Roxette
Composição: Indisponível
Deve Ter Sido Amor
Deve ter sido amor...mas agora acabou
Deixe um suspiro no meu travesseiro,
Deixe o inverno para trás.
Acordei só, tudo estava quieto
Em meu quarto, e em toda a parte.
Toque-me agora, eu fecho meus olhos e fico sonhando...
Deve ter sido amor, mas agora acabou,
Deve ter sido bom, mas de alguma forma eu te perdi.
Deve ter sido amor, mas agora acabou,
Desde o momento que nos tocamos até nos separarmos.
Faça-me acreditar que estamos juntos,
Que estou amparada em seu coração
Mas por dentro e por fora, eu me tornei em água,
Como uma lágrima na sua palma da mão.
E é um forte dia de inverno, eu fico sonhando .
Deve ter sido amor, mas agora acabou,
Era tudo que eu queria, agora estou vivendo sem você.
Deve ter sido amor, mas agora acabou,
É onde a água flui, é onde o vento sopra.
domingo, 12 de abril de 2009
Crise Páscoa
domingo, 5 de abril de 2009
Crise de Armário
domingo, 29 de março de 2009
Crise do Não
A questão chegou a mim justamente quando estava recebendo um não, de uma pessoa que prezo muito, mas que precisou me dar o não. Imagino o quão dificil deve ter sido esse processo de decisão e falar o não, tentando arrumar desculpas que pudesse magoar menos, deve ter arrumado várias razões para convencer-se de que aquele não deveria ser dado, e que ele deveria vir revestido de razões lógicas.
Quando eu recebi o não tive de respirar fundo, e aceitar com a desculpa que realmente aquilo era a melhor forma, que a rzão revestia a decisão de uma assertividade rara. Com um sorriso no rosto, mas o coração em pedaçoes precisei seguir meu caminho. Mas claro isso não desceu bem, um pedaço de mim não conseguiu aceitar. E ela percebeu, mas não pôde fazer nada para mudar a palavra jogada.
Normalmente quem dá um não tem tempo para decidir seus motivos, e como falar. Quem recebe não tem tempo para nada.
Na nossa cultura latina, temos tanto medo de magoar as pessoas que simplesmente não sabemos usar a objetividade do sim e do não, pelos simples motivos que devemos dize-los, na liberdade do seu significado, sem desculpas, precismos fazer rodeios, explicar tudo de tal forma que acabamos escolhendo as piores desculpas e as que provocam os maiores danos.
Exigimos que os outros entendam nossos desejos e motivos, e quando não acontece a contento, não conseguimos suportar e ficamos magoados com a reação.
Quando vamos terminar um romance, não dizemos simplesmente "acabou"! Dizemos que a vida, nossos objetivos, nosso trabalho, família, o sol, as férias, a roupa, o tudo, e colocamos numa mesma bandeja senvindo ao "abandonado". Não conseguimos admitir que o amor acabou.
Quando cansamos de algo, precisamos de tantas desculpas, que consomem nosso tempo sendo que poderíamos simplesmente dizer: não obrigado. Mas não queremos, não podemos e achamos insoso não desculpar e motivar.
Ainda estou superando um não, e tentando dar um outro, mas tudo isso é um processo longo.
crise de escrita
amanha teremos um novo texto
segunda-feira, 16 de março de 2009
Crise de perfeição
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Crise de Aniversário
Sempre escutei que com o tempo, o conhecimento e a vida a calma chegaria, a senioridade traria paz à alma. Não aconteceu. Não amei por toda a vida, mas amei intensamente. Amei o amor da minha vida por um curto período de tempo, de forma tão intensa, que me consumiu rapidamente.
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Crise de Timidez
Pois é... em um determinado momento eu precisei enfrentar isso, assim que comecei a trabalhar e foi um dia, que até hoje faz parte da minha memória sentimental e mudou meu jeito de ser.
Certa vez alguém escreveu ou falou que o tímido é aquele que se acha o centro do mundo, para que todos prestem atenção em seus atos e erros e se lembrem para sempre da gafe.
Pois é, as pessoas até podem fazer isso no momento, rir da desgraça alheia é tão humano quanto o polegar. Isso nos diferencia do resto dos animais, mas isso não quer dizer que será lembrado eternamente.
Os humanos erram, e aprendem com isso, evoluem, se tornem melhores (ou piores), mas determinados fatos não coroam as mentes alheias. Claro, quem apanha lembra muito mais quem bateu, mas devemos dar menos importância aos outros e mais a nós mesmos. Deve haver mais amor próprio do que amor ao próximo... sim, é egoísta, mas é o que garante a nossa sobrevivência no mundo.
Se você quer dançar sem saber dançar, dance, não ligue para a opinião alheia, que não serve de nada. Fazer o que se deseja está muito próximo ao CARPE DIEM, pois aproveitar o dia é fazer o que se gosta, o que proporciona prazer, o que faz bem...
A timidez não pode ser um freio no desenvolvimento social de ninguém... você é o que é, meio torto, meio gordo, meio reto, meio magro, dedos desproporcionais, braços longos, perna fina, etc., pode cair num palco, torpeçar na rua, errar um texto, falar inglês errado, mas vai deixar de sobreviver por causa disso? Perder oportunidades pois os outros podem, imaginando a sua importância no mundo deles, rir porque você gaguejou, enquanto eles nem tiveram coragem de tentar?
As pessoas gostam de apontar os erros pois é um jeito de diminuirem aqueles que tiveram a "ousadia" de fazer o que eles não tiveram.
Timidez e medo, assim como todos os demais sentimentos, são importantes como freio moral mas devem ser usados com moderação.
Aristóteles, em ética a nicômaco, já dizia isso, o equilíbrio é essencial à humanidade para atingir a felicidade.
Então a timidez, como tudo, deve ser usado com moderação... eu ultrapassei essa fase, e certamente sou mais feliz hoje, embora, para algumas coisas meu freio moral funcione e me retrai um pouco, mas uma vida é muito pouco para se livrar de tudo!
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Crise de Inspiração
domingo, 25 de janeiro de 2009
Crise de Benjamin
A história é surpreendente. Fala do tempo, e por ser contrária à natureza, deixa isso claro ao espectador... uma frase que me surpreendeu foi a da inaurguração do relógio, na estação de trem, quando o relojeiro, que perdeu um filho na guerra diz algo sobre o tempo andar para trás, para que os que morreram pudessem renascer, os que partiram, chegassem, e assim por diante...
A vida moderna é refém do relógio, do tempo, do dia curto e da noite inexistente. Nós precisamos viver do amanhã, nos planejar hoje o que seremos amanhã, não deixamos tempo para o inesperado, para a paixão na esquina, para um papo relaxado, queremos tudo junto, ao mesmo tempo e agora e esquecemos de viver o momento.
Queremos a paixão de novela, a fama da TV, a capa da revista, mas não damos importância ao nosso próprio prazer. Estamos preocupados em agradar, em sermos o que o mundo deseja, em estarmos preparados para a oportunidade que nos aproxima.
Sofremos por antecedência, ficamos ansiosos, criamos expectativas, mas esquecemos de ao invés contar os minutos, vivê-los, pois se assim fosse, os que partiram estariam em nossas lembranças, o que morreram permaneceriam em nossos corações, e não reclamaríamos a sua ausência, por ão termos ido naquela viagem, por não termos dado aquele beijo, por não termos dito, quando tivemos oportunidade: eu te amo; desculpe; saudades de você, tchau...
O tempo é implacável, e muito se fala sobre ele, mas quando nos daremos conta de que ele passou? Talvez quando nos resta apenas um suspiro, e quando nossa vida passar diante dos nossos olhos como um comercial de tv barato, e não como um longa-metragem de sonhos realizados.
O tempo que vai, que voa, que foge, que corre, que nunca volta... o tempo que tememos encarar, que se esvai a cada suspiro e que não vale se não for com amor, com vontade, por prazer.
Trabalhamos demais, corremos demais, sofremos antecipadamente demais, e esquecemos de sofrer o momento, de sorrir o momento.
O estranho caso do benjamin, é também o de todos as marias, josés, rodrigos, ricardos, priscilas, marcios, mauricios, patricias, julianas, angelas, danieis, etc... é o retrato da nossa miséria humana. É a morte de nossa alma, minha, sua, e de todos nós
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Crise de Mestre dos Magos
Eu nasci para ser livre. Para me perder é só me prender. Isso é o que diz a minha mãe sobre os meus relacionamentos. É a verdade.
A liberdade está relacionada diretamente ao meu lema: Carpe Diem! Aproveite o Dia, e no meu caso, sem medo de ser feliz e experimentar as coisas que se apresentam a mim, mas que claro não ofendam a minha dignidade e ética. Não acho que devemos ficar presos a rótulos, e São Paulo permite isso, ser livre. Frequentar um show de rock após um dia no MASP, ir no show da Madonna num dia, no Ballet noutro, e no pagode no seguinte. É possível ser russo e ir num restaurante Japonês, ser baiano e gostar de comida francesa. Eis a liberdade da minha vida.
Gosto de poder ir, e voltar porque quero. Pode parecer um pouco egoísta, frio, mas minha meta não é precisar de alguém para ser feliz. E me basto na minha felicidade. Não me importo de ir ao cinema sozinho. De andar por SP na companhia apenas da minha consciência. Mas isso não quer dizer que não goste de outras pessoas. Se eu tiver a sorte de ter uma pessoa com quem eu possa dividir minhas vitórias, somar minhas conquistas, repartir o peso dos meus problemas, agarrarei a oportunidade como se fosse meu último suspiro, mas se a vida me separar dela, deixarei ir, deixando na minha bagagem as boas experiências que tive.
A questão de ser Mestre dos Magos é isso: é ir porque preciso, e voltar porque eu quero. A Liberdade de poder partir, sabendo que se tem para quem e onde voltar é um conforto na minha alma.
Acredito que se as pessoas vivessem nessa liberdade seriam mais felizes. Conheço pessoas viciadas em namoros, que não suportam a idéia de ficarem sozinhas, pelo simples fato de não suportarem a própria consciência.
A minha individualidade, tantas vezes anuladas em relacionamentos, pois amei demais, me apaixonei intensamente, me deixa um enorme vazio no coração, sinto saudades de mim. Tento aprender, e aplicar para os novos relacionamentos, a manuntenção da minha individualidade.
Acho que para me defender de mim mesmo eu tenho utilizado a regra do "mestre dos magos" desaparecer quando conveniente, e voltar quando com saudade. Assim, mantendo a minha individualidade, consigo manter a sedução inicial que eu provoquei por se simplesmente eu.
Acho que no fundo, se cada um cuidasse de si, fazendo as coisas que se gosta, teríamos menos relacionamentos frustrados, menos casamentos desfeitos, mais casais felizes, menos Prozac e Lexotan.
Sou mestre dos magos aprendendo a ser feliz e a amar direito. Posso levar uma vida para aprender, mas espero poder ser capaz de manter-se como sou, amando aos outros, mas acima de tudo, amando a mim e preservando minha individualidade, mesmo que para isso, eu precise sumir um pouco de vez em quando.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Maysa e Amy
A primeira está na mídia falada, escrita, em livros, Cds, etc., graças ao excelente trabalho do seu filho na direção do seriado na TV Globo... com imagens belíssimas, uma atriz intensa (exceto quando dubla as músicas), locações maravilhosas, mostrou a intensidade dessa mulher nos anos 50 e seguintes. Foi a percurssora, nossa Janis Joplin tupiniquim, tubinabá... nossa Abapurú musical, que diante de toda a intensidade da vida, soube cantar como poucos a dor de cotovelo enquanto seu mundo caía diante da mídia e dos olhos dos seus fãs.
Amy, a segunda, está na mídia desde que um amor bandido a transformou num esqueleto de dor e talento, com músicas intensas que tratam de: dor de cotovelo! Ambas são de cidades duras (São Paulo e Londres), vítimas de paparazzos, da mídia, e da própria sorte.
São intensas demais para suportarem num frágil corpo feminino a dor do mundo. Seus olhos não são suficientes para chorar as lágrimas dos corações partidos, e diante de toda a poesia do seu sofrimento procuram bengalas para se suportarem.
Talvez elas sejam o "boi de piranha" de todo nosso sofrimento, a temos para assistirmos, com dó, mas no conforto de nosso sofá, a sualenta morte, apontando um dedo a elas e todos os outros a nós mesmos, por sua liberdade, desligamento das regras sociais, intensidade, e a cor da magia poética de amor sem nossa hipocrisia social.
Nós somos presos a tantas regras sociais, políticas e religiosas, que até para amar impomos cerimônias mil a demonstrar nosso amor... deixamos de amar e nos apaixonar com intensidade, escondemos nossos sentimentos porque não pega bem.
Odiamos e invejamos Amy e Maysa pois queremos ser como elas: intensas, livres... claro, não precisamos nos drogar e beber até destruir nossa saúde e vida, mas podemos nos preocupar mais com nossa sanidade mental e sentimental, do que ficar preocupado com os olhos alheios...
Acho que no fim das contas, o que as duas querem dizer é: cada um no seu quadrado... sejam você mesmos, e amem intensamente, não disperdicem a vida preocupados com os outros... mas pelo amor de deus, nada de usar tantas drogas...