domingo, 19 de outubro de 2008

Crise de Spam

Hoje estava apagando a minha caixa de e-mails em quarentena, por serem de destinatários desconhecidos e cheguei a uma conclusão, que outros já devem ter chegado, eu tenho pinto pequeno e sou impotente. Sério!

Vocês já perceberam a quantidade enorme de e-mails que recebemos: aumento o dito cujo, compre viagra, ciallis, etc.? e isso não apenas para e-mails de homens, que normalmente já sofrem desse trauma desde o berço, mas também as mulheres e neste caso com o agravante de toda a culpa de não terem um membro no meio das pernas e toda a dificuldade que isso traz a elas no mundo moderno, que Freud já explicava.

Esses spans me fazem pensar que nossa sociedade ultimamente está baseada no sexo, e nada mais. Todos querem ter o desempenho de ator porno, fazer o parceiro/a terem orgasmos múltiplos, querem receber o “oscar” de melhor performance sexual de todos os tempos. Todos queremos ser os Brad Pitts na cama com Madonna e claro com um membro enorme e rijo por muito tempo. Esquecemos que existem as preliminares, o beijo, os carinhos, o prazer pré-coito, o amor... queremos é sexo com falas de filme pornográfico, no máximo de porno-chanchada nacional. Não queremos conquistar, nem ter esse trabalho. É a época do fast food sexual.

No meio de tudo isso, temos toda a mitificação em relação ao tamanho do “astro principal” do ato. Como diz Ana Carolina: “todo homem tem um p.. maior, mais grosso que o meu...” ou qualquer coisa próximo a isso, mas que é verdade. Os homens tem esse trauma a séculos e agora isso é potencializado pela internet e seus sites e pelos spams.

O sexo está desqualificado por tanto falarmos nele. A liberdade sexual o tornou ordinário, no pior dos sentidos da palavra. Perdemos o encanto de fazer amor, de amarmos definitivamente, queremos o drive-thru, a coisa fácil, imediata e intensa. Estamos com a obrigação de fazermos a cada dia uma posição do Kama Sutra e quando chegarmos ao fim das posições somos obrigados a refazê-las em novas circunstâncias, lugares exóticos, misturar todas as posições numa só, devemos ser contorcionistas do sexo. E não esquecendo do tamanho e rigidez eterna do “astro rei”.

Fico pensando até quando viveremos essa intensidade sexual na sociedade. Enquanto isso devemos aumentar o tamanho dele, tomar remédios, aprendermos novas técnicas sexuais e gastarmos fortunas em terapia.

Um comentário:

Cris disse...

Faz tempo que vc não escreve... =/