segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A Arrogância e Prepotência

Muito tem se discutido sobre os motivos que levaram à quebra do nosso mais nobre representante do grupo dos bilionários do mundo afora, que perdeu alguns bilhões de dólares em pouquíssimos meses, depois de uma série de tropeços na vida profissional e pessoal.

Há diversos livros que discutem sobre esse aspecto, um que li e que gosto é "Como as Gigantes Quebram" em que o autor (Jim Collins) discorre sobre os passos que demonstram a ascensão e queda das grandes corporações e nações, e quais os caminhos possíveis (e até quando é possível aplicá-los) para salvar uma grande empresa da bancarrota.

Entretanto, o que ocorreu ao grupo X do Senhor Eike Batista, e o que pude concluir da minha leitura (e do meu humilde conhecimento sobre a vida corporativa) é que a arrogância foi o principal fator responsável pela quebra e sumiço dessas corporações. É sabido e acompanhado por todas as publicações nacionais, e algumas internacionais, o estilo de gestão do Eike, que começou a ser conhecido num carnaval com a coleira de diamantes de sua esposa Luma de Oliveira... a partir dali o homem não sumiu mais dos jornais. Fazer filhos com a Luma foi fácil, difícil será criar o caçula de sua prole no meio desse caos financeiro.

Sua arrogância pode ser provada por diversas formas, na diversidade de negócios tocado pelo seu grupo, achar que todos tem um preço e que ele poderia pagar o preço para que qualquer um trabalhasse para suas empresas, e de que os melhores profissionais estariam à sua disposição, porque ele estava pagando os maiores salários e remunerações variáveis.

Eike acreditava em imortalidade, em superioridade legal, e suporte irrestrito do dinheiro público para financiar os sonhos que ele vendeu aos investidores particulares. Cada dia mais ele aumentou sua fortuna baseada em números e empresas que não produziam nada e fundadas apenas no nome de um cara que ganhou uma mina de ouro do pai que era Ministro de Minas e Energia. E ninguém desconfiou, e todos pagaram para ver. Todos acreditavam que sua arrogância e resultados pressupostos eram suficientes. Não era! Arrogância pura.

Tenho visto isso com certa frequência. Pessoas que dominam o poder (e nem precisa ser um grande poder, pode ser o porteiro, o cobrador do ônibus, o segurança da balada ou o presidente da empresa) que vestem o chapéu da soberba e esquecem o caminho que trilharam até ali, que ninguém é dono da verdade universal, e que é possível sim aprender com qualquer pessoa, seja ela mais nova ou mais velha, do mesmo ramo de conhecimento ou não... o que não pode é tornar a sua verdade a única possível.

Ser dono da verdade é muito chato, e pode, dentro de uma corporação levar tudo a perder... fazer com que uma grande corporação com um futuro brilhante e colaboradores engajados percam o brilho dos olhos, e o amor pela empresa.... a arrogância dos "grandes homens" e "mentes corporativas" foram às que levaram, em longo prazo, à sua falência e sumiço do mundo contemporâneo, é triste, mas é verdade.

No fim, Aristóteles foi o mais sábio dos pais ao ensinar seu filho Nicômaco que o equilíbrio era o caminho para a felicidade. Me dou o direito de reproduzi-lo e complementar e dizer que o equilíbrio o desenvolvimento constantes, sem arrogância são o caminho para o sucesso, das corporações e dos profissionais.

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