terça-feira, 5 de agosto de 2008

crise de saúde

Acabo de receber uma notícia triste, um familiar, uma criança passou por uma séria cirurgia e está internado na UTI de um hospital muito longe de onde estou agora. Isso me entristece por vários motivos.
O primeiro motivo é que neste momentos percebo quão ruim é estar longe da família, para dar apoio ou receber quando necessário. Normalmente família é sinal de muita confusão, barulho, intrometimento, brigas, risos, choros, e tudo mais a que se tem direito.
O segundo motivo é uma certa inconformação sobre o porque de uma criança precisar sofrer esse tipo de coisa. Eu acredito em reencarnação e carma mas mesmo assim é difícil entender o sofrimento de alguém que nesta vida não fez mal a ninguém, não causou sofrimentos ou qualquer coisa do tipo.
Tantas pessoas que nesta vida provocaram tantas desgraças e sofrimentos e que sorriem para todos e aproveitam o mundo, em sua versão mais requintada que me causa dor ver uma criança passar por isso.
Imagino o que passa pela cabeça dos pais neste momento de sofrimento e ansiedade, de quanta culpa devem estar sentindo, pelos presentes que deixaram de comprar, pelos passeios que deixaram de fazer, pelas risadas que deixaram de dar, pelos momentos perdidos do filho e que não terão nunca mais.
Pode ser que não passe de um susto, com um final feliz, mas que só terá efeitos positivos se mudarem as atitudes, para que da próxima vez que um susto acontecer não passem por essa ansiedade novamente.
Não digo que eles são maus pais, nem que todos os pais que passem por isso sejam bons pais. São humanos e erram e acertam, mas nos momentos de medo visualizam apenas os seus erros.
Já, no passado, a família perdeu uma criança e foi duro superar. Não é fácil, mas não é impossível.
A alegria do apoio da família é incontestável, mas incondizente com a dor do momento. Mas é o que permite continuar.
A esperança da cura é o motor da fé, que a própria ciência já admite ter efeitos inexplicáveis sobre a saúde das pessoas, mas como criar esse sentimento em uma criança que não entende o que acontece.
Uma criança deveria ser poupada, até o momento em que, num dia, com mais consciência do mundo descobriria o carma de sua vida. Toda criança deveria ser absolvida dos seus pecados passados, até entender o mundo. Todo adulto deveria proteger esses pequenos seres (neste caso, mesmo sem os itens anteriores é lei e mantém a sociedade em ordem). Casos como os Nardoni, se comprovados verdadeiros os fatos alegados, devem ser punidos em todos os sentidos, no humano e no cósmico.
Mas na próxima encarnação, esses seres capazes de tais atrocidades, deveriam, na próxima oportunidade, um período de adaptação a esse mundo.
Só me resta rezar que este susto na saúde da pequena criança termine da melhor forma, e seja apenas mais um capítulo com final feliz na história da família.

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