sábado, 4 de julho de 2009

Crise de vida On Line

Lendo a Revista Veja dessa semana, sobre os contatos on-line, e como os brasileiros lidam com as comunidades virtuais e com as amizades dali criadas. Acabamos dando mais importância às amizades virtuais do que as reais.

Eu tenho um pouco desse perfil. Sou tímido para manter as relações mais intimas, para me abrir os meus sentimentos mais íntimos às pessoas que me cercam, por isso uso esse blog. Por isso eu tenho amigos virtuais. Por isso gosto da internet.

De acordo com a revista a internet acaba com a solidão social, que te insere em comunidades comuns, te apresenta pessoas com gostos comuns, te permite participar de eventos sobre o assunto. Pode te proporcionar uma vida social.

Mas por outro lado, não te permite a aprofundar as relações interpessoais, pois acaba-se tendo muitos conhecidos, mas poucos amigos. Quantos você pode efetivamente contar, no fim das contas, se ficar sem dinheiro, sem fama, sem trabalho, sem saúde? Com quantas pessoas você pedirá apoio e receberá? Conta-se nos dedos da mão, se tiver sorte.

Eu tenho sorte. Tenho uma mão de amigos verdadeiros, que passei por crises, brigas, divergências, que moram perto, longe, logo ali e do outro lado do mundo. Tenho amigos virtuais, tenho amigos reais, tenhos colegas e conhecidos, em bits e em carne. Alguns com mais profundidade, outros apenas na epiderme. Muitos de nós com pouco tempo de se encontrar, pois trabalhamos demais, vivemos demais, amamos demais, e isso nos consome tempo, impedindo de termos contatos mais constantes.

Mas lendo a matéria, percebi que gasto tempo demais com as comunidades virtuais, o que não me deixa feliz, embora nunca tenha deixado de ter meus amigos de carne e osso, que eu amo e estimo como uma família escolhida a dedo e pelo destino, mas acabamos perdendo contato de uma forma ou outra.

Diminuimos a intensidade dos nossos relacionamentos, porque nos relacionamos em massa, como tudo nesse mundo, queremos mais, queremos tudo, queremos tudo e agora, queremos viajar por 30 paises em 15 dias, de onibus pela Europa, para nao parecer que deixamos algo para trás, queremos ver todos os blockbuster do cinema, todos os restaurantes estrelados da Michelin, queremos as peças de teatro da broadway, todos os CDs de Michael Jackson.

Eu decidi fazer um experimento. Vou me dedicar aos amigos reais. Aos virtuais, apenas os que já tenho contato. Não quero novos amigos virtuais, mas aproximar-me dos atuais. Não será fácil, mas será uma mudança.

E você, quanto você gosta dos relacionamentos fast-food?

Um comentário:

Marcio disse...

Lendo tanto a matéria quanto ao seu texto....me fez pensar em muitas coisas....
Na minha modesta opinião...não existe essa de amigos virtuais...
Para mim.....a palavra, amigo é muito FORTTE!!!...e é oito ou oitenta.
Não gosto de conhecidos....ou é amigo ou não é.
Graças a D´us ao meu redor tenho uma mgama infinitra de amigos que sempre estiverem ao lado em todos os momentos, sejam nos felizes, tristes, naqueles nas quais eu merecia um puxão de orelha e assim por diante.
Logo mais as pessoas irão trocar as coleiras dos cachorros e colocar nos laptops. Issó é péssimo!!!!!!
Internet é bom??? é execelente.
Bom....ao posso dizer em experiencia própria....na itnernet eu fiz apenas um GRANDE amigo, na qual eu estimo muitoooo e gosto dele de ais da conta....
Isso pe coisa rara....mas comigo é assim.....ou sou amigo ou não sou.

Marcio