sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Crise de Mestre dos Magos

Dia desses um amigo disse que eu era como o mestre dos magos, sumia e desaparecia a meu bel prazer e sem mandar avisar. Essa é minha.

Eu nasci para ser livre. Para me perder é só me prender. Isso é o que diz a minha mãe sobre os meus relacionamentos. É a verdade.

A liberdade está relacionada diretamente ao meu lema: Carpe Diem! Aproveite o Dia, e no meu caso, sem medo de ser feliz e experimentar as coisas que se apresentam a mim, mas que claro não ofendam a minha dignidade e ética. Não acho que devemos ficar presos a rótulos, e São Paulo permite isso, ser livre. Frequentar um show de rock após um dia no MASP, ir no show da Madonna num dia, no Ballet noutro, e no pagode no seguinte. É possível ser russo e ir num restaurante Japonês, ser baiano e gostar de comida francesa. Eis a liberdade da minha vida.

Gosto de poder ir, e voltar porque quero. Pode parecer um pouco egoísta, frio, mas minha meta não é precisar de alguém para ser feliz. E me basto na minha felicidade. Não me importo de ir ao cinema sozinho. De andar por SP na companhia apenas da minha consciência. Mas isso não quer dizer que não goste de outras pessoas. Se eu tiver a sorte de ter uma pessoa com quem eu possa dividir minhas vitórias, somar minhas conquistas, repartir o peso dos meus problemas, agarrarei a oportunidade como se fosse meu último suspiro, mas se a vida me separar dela, deixarei ir, deixando na minha bagagem as boas experiências que tive.

A questão de ser Mestre dos Magos é isso: é ir porque preciso, e voltar porque eu quero. A Liberdade de poder partir, sabendo que se tem para quem e onde voltar é um conforto na minha alma.

Acredito que se as pessoas vivessem nessa liberdade seriam mais felizes. Conheço pessoas viciadas em namoros, que não suportam a idéia de ficarem sozinhas, pelo simples fato de não suportarem a própria consciência.

A minha individualidade, tantas vezes anuladas em relacionamentos, pois amei demais, me apaixonei intensamente, me deixa um enorme vazio no coração, sinto saudades de mim. Tento aprender, e aplicar para os novos relacionamentos, a manuntenção da minha individualidade.

Acho que para me defender de mim mesmo eu tenho utilizado a regra do "mestre dos magos" desaparecer quando conveniente, e voltar quando com saudade. Assim, mantendo a minha individualidade, consigo manter a sedução inicial que eu provoquei por se simplesmente eu.

Acho que no fundo, se cada um cuidasse de si, fazendo as coisas que se gosta, teríamos menos relacionamentos frustrados, menos casamentos desfeitos, mais casais felizes, menos Prozac e Lexotan.

Sou mestre dos magos aprendendo a ser feliz e a amar direito. Posso levar uma vida para aprender, mas espero poder ser capaz de manter-se como sou, amando aos outros, mas acima de tudo, amando a mim e preservando minha individualidade, mesmo que para isso, eu precise sumir um pouco de vez em quando.

Um comentário:

Unknown disse...

Quiser que certo amigo lhe comentou isso????
Tenho um amigo desta forma também....será que esta ficando na modo agir desta forma???
Incrível...é até possível fazer um paradoxo sobre este tema.
Estive pensando....pois em certo ponto voce coloca (será que sou egoísta?????), depende o momento penso que sim, e outros penso que não.
Contudo, cheguei a uma conclusão:-
TENHO QUE APRENDER/ENTENDER A INDIVIDUALIDADE DOS OUTROS, OS MOMENTOS DE CADA UM, POIS CASO CONTRÁRIO, TENHO MEDO DE PERDER ESTE AMIGO (a).
Contudo, uma pergunta ainda fica comigo, dentro do meu interior.
Aonde coloco as minhas vontades, desejos entre outros.
Bom...é isso!!!
Se cuida.