sábado, 17 de novembro de 2007

Crise de Chuva

Depois da minha pequena crise de abstinência abaixo, eu voltei a escrever.

É que se esclareça os motivos para eu estar aqui escrevendo hoje. Era para eu estar em Cabo Frio - RJ, umas 9 horas de distância de SP, mas por culpa de alguns eventos imprescindíveis eu tive de ficar em SP e trabalhar muito. Um dia meu salário será proporcional ao quanto eu trabalho, até lá, só trabalhando mesmo.

Para não ter todo um feriado perdido ontem fui ao cinema com uma amiga e ouvi a seguinte frase: "chover muito dentro de um copo cheio" e fiquei me perguntando sobre o que isso representa em nossas vidas.

Diversas vezes encontramos pessoas que ficam batendo diversas vezes na mesma tecla, achando que se insistirem em determinada opinião ela poderá tornar-se verdadeira e unânime, só que em regra nós encontramos pessoas que tb são assim, e insisitem que sua opinião é a que prevalecerá... Um exemplo: Judeus e Palestinos disputando a "terra santa". Cada qual tem seus argumentos e suas razões, e aqui não vou opinar na correção de nenhum deles, mas tudo seria mais fácil se parassem e analisassem o outro, os motivos do outro, colocar-se no lugar do outro... tenho certeza que a coisa seria mais fácil.

Claro que a minha pequena crise no copo cheio não tem a ver exatamente com a guerra entre povos, mas algo mais próximo, a guerra entre as pessoas. Todos nós somos tão cheios de razão de nossos motivos e de nossas mágoas que esquecemos de analisar a posição do outro, julgando errada todas as ações, querendo que o mundo perceba o quanto nós somos injustiçados e sofredores pelas mazelas humanas e pelos sentimentos egoístas, mas quantas vezes não paramos e olhamos o outro? As pessoas são seus sentimentos diante de suas circunstâncias.

Qual é o sentimento dele? E qual a circunstância que o fez agir daquela forma?

Quantas vezes paramos e pensamos nisso? Quantas vezes nós simplesmente escutamos a opinião de nosso interlocutor? Eu digo ouvir de verdade, analisar, refletir e mudar seu conceito? Poucas vezes, e normalmente apenas se nosso interlocutor estiver fardado com uma patente maior que a nossa na empresa, na faculdade, ou na sociedade, mas esquecemos de ouvir nossos pares, nossos amigos, nossos amores, nossos corações, nossa intuição.

Ficamos chovendo em copos cheios de verdades falsas, cheios de nós mesmos, sem que percebamos que o copo já derramou a tempos, sem perceber que nossas vidas esvaziam-se em opiniões duras, em dogmas particulares incontestáveis... e assim, brigando sempre, vamos nos esquecendo do essencial da vida: ser feliz!

Um comentário:

Anônimo disse...

É ISSO! Soquinhos no seu queixo, ah, garoto! Rs.

Plac plac plac plac plac plac plac plac plac plac plac plac plac plac plac plac plac plac plac plac plac!!! Bravo, belíssimo! Que PUTA TEXTO. Parabéns, obrigada por isso! Nossa, lavei minha alma dentro de um copo cheio com chuva. Hahahahaha.